De acordo com assessores do presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, o encontro com Cristina Kirchner tratou das declarações do Papa Francisco sobre o conceito de lawfare, da questão boliviana, além de "assuntos pessoais".
"Cristina é muito respeitosa, não pediu nada e não objetou a nada [...] as definições [das nomeações para o Gabinete] passam pelo presidente", declarou uma fonte ligada ao presidente eleito ao jornal Clarín.
O filho da vice-presidente, Máximo Kirchner, compareceu à reunião e está cotado para liderar a bancada da coalizão ganhadora das últimas eleições argentinas, a Frente de Todos, na Câmara dos Deputados. Quando perguntado sobre a indicação de Máximo, Alberto respondeu: "Isso se resolve no Congresso".
O tema militar, o golpe boliviano, o papel do Chile e do Equador e o jogo político com Jair Bolsonaro ganharam centralidade no debate sobre a formação do novo governo argentino, reportou o jornal.

Fernández convocou o deputado Agustín Rossi para o Ministério da Defesa, área que se tornou crítica para o novo governo, considerando o papel das Forças Armadas no recente golpe de Estado na Bolívia. A indicação do deputado contradiz a "regra" imposta pelo futuro presidente de não indicar ex-ministros, sobretudo da era Kirchner, ou membros do legislativo para o seu gabinete.
O presidente eleito estuda a possibilidade de formar um superministério da Economia, que incluiria as secretarias de Produção e Agricultura, mas o remanejamento permanece indefinido, segundo o jornal.

Outros nomes cotados são o de Eduardo "Wado" de Pedro para o Ministério do Interior, Marcela Losardo para a Justiça, Diego Gorgal para a Segurança, Daniel Arroyo para o Desenvolvimento, Ginez González García para a Saúde e Nicolás Trotta para a Educação.
O peronista Alberto Fernández foi eleito presidente da Argentina com 48% dos votos válidos, derrotando o atual presidente do país, Maurício Macri, que obteve 40,5% dos votos. O novo governo deve tomar posse no dia 10 de dezembro.
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