"A vacina é recomendada para pessoas alérgicas a alimentos ou a remédios", disse Pirmohamed, em uma entrevista coletiva em Downing Street, em Londres, dedicada à vacina de Oxford e transmitida on-line.
Segundo o médico, mulheres em gestação também podem ser vacinadas, após consulta ao médico. Pessoas imunizadas com outras vacinas, como as da Pfizer e da Moderna, apresentaram grave reação alérgica, ainda que em número reduzido de casos.
A vacina foi autorizada para uso nesta quarta-feira (30) pelo governo do Reino Unido. As autoridades começarão a aplicá-la na população britânica a partir do dia 4 de janeiro, segundo o ministro da Saúde britânico, Matt Hancock.
A vacina de Oxford pode ser armazenada em uma geladeira comum, em temperaturas entre 2 e 8 graus Celsius, ao contrário de outras vacinas, como as da Pfizer e da Moderna, que exigem temperaturas muito frias.
"A vida útil da vacina da AstraZeneca nessa temperatura pode ser de até seis meses", disse Pirmohamed.
A facilidade de estoque da vacina de Oxford é um dos motivos pelos quais o governo Bolsonaro tem dado preferência a este imunizante para vacinar a população brasileira.
Atualmente, a vacina está em produção no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e pode chegar a 130 milhões de brasileiros até o final de 2021. A previsão mais recente é de que esta vacina esteja pronta para o plano nacional de imunização em fevereiro.
Após inconsistência dos testes clínicos, os dados de eficácia da vacina estão em revisão. Na primeira divulgação, a eficácia média do imunizante foi de 70%, podendo chegar a até 90%.