A Organização de Pesquisa e Inovação do Ministério da Defesa do Irã desenvolveu uma vacina contra o SARS-CoV-2 chamada Fakhra, que foi apresentada nesta terça-feira (16) em uma cerimônia oficial em Teerã ao terminar a primeira fase de testes clínicos.
Segundo o diretor do projeto, Ahmad Karimi, a elaboração da vacina começou em dezembro de 2019. Durante o ano passado, foram realizadas fases de cultivação celular, inoculação, proliferação, isolamento, purificação e inativação, seguidas de testes em animais e de outras provas de controle de qualidade, explicou o diretor.
O nome do medicamento foi dado em homenagem ao físico nuclear iraniano Mohsen Fakhrizadeh, assassinado em novembro de 2020, informou a agência de notícias IRNA. O filho de Fakhrizadeh, supostamente Hani Fakhrizadeh, foi o primeiro voluntário a receber a nova vacina durante a cerimônia de apresentação com presença dos ministros da Defesa e da Saúde iranianos.
Iran Started First Phase of Clinical Tests on “Fakhra” Vaccine Which Has Been Developed by Defense Ministry with Injecting A Vaccine Shot to Son of Top Martyred Nuclear Scientist, Dr. Mohsen Fakhrizadeh pic.twitter.com/oiZuupGw0X
— Fars News Agency (@EnglishFars) March 16, 2021
Vacina Fakhra revelada pelo Ministério da Defesa do Irã.
O Irã iniciou a primeira fase de testes clínicos com a vacina Fakhra, que foi desenvolvida pelo Ministério da Defesa, com a inoculação de uma dose no filho do famoso cientista nuclear martirizado, dr. Mohsen Fakhrizadeh.
Deste modo, o medicamento se torna uma opção adicional à vacina cubana Soberana 02 cujos testes clínicos também se realizam no país persa, após a recente chegada de lote com 100 mil doses.
Karimi ressaltou que o Irã conseguiu produzir várias vacinas, apesar de uma pressão das sanções dos EUA que impedem a República Islâmica de ter acesso aos medicamentos fabricados em outros países para combater a pandemia. COVIran Barakat e Razi CovPars são outras vacinas iranianas encontradas em testes clínicos.
