A Rússia tem aumentado seu poder na região ártica e estabelecido controle sobre rotas marítimas chave, em particular a chamada Rota do Mar do Norte.
Por sua vez, a China emprega esforços na luta pela região, intensificando sua presença militar e agindo de acordo com a iniciativa "Um Cinturão, Uma Rota", também designada Rota da Seda Marítima do Século 21.
"O mar de Bering pode se tornar um futuro golfo Pérsico e terá forte influência no cenário internacional. No entanto, os EUA já não têm mais lugar nesta região", diz Brands.
Atualmente, percebendo a importância da região, o Pentágono planeja realizar exercícios e criar grupos expedicionários formados por fuzileiros navais capazes de agir em ambiente ártico, assim como aumentar a parceria com aliados na defesa de importantes rotas marítimas na região.

Superioridade russa
"Os EUA podem vir a enfrentar sérios problemas devido à grande diferença entre seus objetivos e recursos", ressaltou o professor.
A Rússia possui 14 navios quebra-gelo, 6 bases no Ártico e tem investido no desenvolvimento da região. Por sua vez, a China possui muito menos meios de ação, mas tem trabalhado constantemente nesta direção, observa Brands.
Do outro lado, os EUA só possuem 2 navios quebra-gelo já antigos, os quais não são apropriados para ações na região. A infraestrutura dos EUA no local se tornou obsoleta e sua renovação exigiria grandes recursos financeiros.
Problemas com aliados e mudanças climáticas
O conflito de interesses na região deverá causar para os EUA problemas com seus aliados.
"O Canadá considera a passagem noroeste do Ártico como parte de seu litoral, o que não está de acordo com a interpretação de Washington do direito internacional", diz Brands.
Por último, o professor vê falta de coerência entre a estratégia de seu país e suas políticas climáticas, informou a Bloomberg.
"Washington não coopera com seus aliados na luta contra o aquecimento global, ao mesmo tempo que não considera as mudanças climáticas um problema", comenta o professor.
No entanto, acusa a China de ser culpada das alterações do clima e minar a concorrência norte-americana ao usar um modelo industrial altamente poluente.
Brands afirma que a "falta de compromisso de Washington com o clima será uma desvantagem estratégica do país" no futuro.
As opiniões expressas nesta matéria podem não necessariamente coincidir com as da redação da Sputnik
Ao pressionar o botão "Publicar", você concorda expressamente com o processamento de dados da sua conta no Facebook para permitir que você comente notícias no nosso site usando essa conta. Você pode consultar a descrição detalhada do processo de processamento na Política de Privacidade.
Você pode cancelar seu consentimento removendo todos os comentários publicados.
Todos os comentários
Mostrar comentários novos (0)
em resposta a(Mostrar comentárioEsconder comentário)