Em artigo para a revista The Hill, o brigadeiro-general reformado escreveu ter ficado muito contente ao ouvir o presidente Joe Biden anunciar a intenção de estender o tratado com a Rússia, que expirará em 5 de fevereiro.
Relembrando combate ao coronavírus, divisão interna e problemas econômicos dos EUA, o brigadeiro-general, que já foi adido sênior de Defesa para questões da Rússia entre 2012 e 2014, pondera que "não há nada mais existencial para nós agora – e por extensão, para todo o mundo – do que uma perspectiva de nossas nações com ogivas nucleares voltando a uma nova corrida armamentista moderna, terrível e descontrolada, na qual finalmente não há 'vencedores'".
Segundo Zwack, se o tratado não for estendido, a arena mundial presenciará a volta de uma "arriscada estratégia centrada em armas", o que representa o mecanismo já obsoleto no mundo assimétrico.
"Sem o Novo START, haverá menos pesos e contrapesos, e os pontos de contato serão reduzidos, o que tornaria nossas sociedades desesperadamente vulneráveis a um acidente ou incidente nuclear rápido", considera o brigadeiro-general reformado.
Ao mesmo tempo, o autor do artigo admite que o tratado não leva em consideração o desenvolvimento da China, nem novas armas e tecnologias. Porém, este possui "o mecanismo de regulação e verificação testado pelo tempo ainda funcionando", aponta Zwack, o que deixará modernizar um pouco o acordo em curto prazo e incluir nele outras nações como França, Reino Unido e até mesmo a China.
O militar constatou que a extensão do tratado Novo START é uma boa chance para Biden e Putin restaurarem novas relações, sendo o tratado "uma âncora" do início do processo de restauração.
Zwack relembra que agora as relações entre os EUA e a Rússia deixam muito a desejar, mas o diálogo continua, e a extensão do Novo START pode ser um caso exemplar para outras iniciativas, incluindo o Tratado de Céus Abertos.
"É um momento crucial para as relações entre os EUA e a Rússia", concluiu o militar. "A extensão seria um passo imediatamente tangível para melhorar a confiança e o contato entre nossas nações perigosamente desconfiadas e fortemente armadas."
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