A chancelaria russa anunciou na última sexta-feira (15) o início dos procedimentos para a retirada do país do Tratado de Céus Abertos devido à recente saída dos EUA ter "alterado gravemente o equilíbrio de interesse dos países-membros, alcançado após a assinatura do acordo" em 1992. Para além disso, os demais participantes não apoiaram as propostas de Moscou para garantir a vigência do tratado nas novas condições.
"Quando a participação russa no Tratado cessar definitivamente, os dois aviões Tu-214ON deverão ser requalificados para outras tarefas. Trata-se de funções de reconhecimento e vigilância de nossas próprias instalações militares", afirmou a fonte à Sputnik.
Além disso, estes aviões podem ser usados para controlar os resultados de testes de diverso armamento ou avaliar a eficiência de manobras militares.
Outra fonte observou que "o uso dos Tu-214ON como aviões de reconhecimento exigirá a instalação dos mais modernos equipamentos radiotécnicos e radioeletrônicos de reconhecimento, tendo já sido tomada uma decisão preliminar nesse sentido".
Quando estes aviões foram desenvolvidos, foi levada em consideração a possível necessidade de uma ampla modernização. "Ninguém desperdiçará aeronaves tão preciosas", adicionaram.
As fontes também observaram que, até o fim do processo de retirada da Rússia do Tratado de Céus Abertos, os aviões permanecerão na reserva.

O Tu-214ON, criado na base do avião de passageiros Tu-214, é uma das mais potentes aeronaves russas de vigilância aérea. Os aviões foram produzidos em 2011 e 2013 e receberam certificação internacional para realizar voos de observação sobre o território dos Estados-membros do Tratado de Céus Abertos em setembro de 2018.
O Tratado dos Céus Abertos, assinado em 1992 em Helsinque, permite que observadores militares realizem voos de vigilância aérea para obter imagens sobre movimentos de tropas e navios dos países signatários.
Um total de 34 países participava do tratado. Em 21 de maio de 2020, Trump anunciou a intenção de retirar os EUA do tratado com base em supostas violações por parte da Rússia.
Em 15 de janeiro de 2021, a Rússia anunciou o início do processo formal de retirada do convênio, após a saída dos EUA em novembro de 2020. O Ministério das Relações Exteriores russo observou que, depois que os EUA abandonaram o tratado, o anterior equilíbrio de interesses dos Estados participantes foi significativamente afetado, não tendo os restantes países apoiado as propostas russas para manter a viabilidade do tratado nas novas condições.
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