Na segunda-feira (8), o ministro do STF Edson Fachin surpreendeu o país ao anular as condenações envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que devolveu a Lula seus direitos políticos, tornando-o elegível. Na decisão, Fachin também indica prejuízo do julgamento de uma possível suspeição de Moro na Lava Jato.
Apesar disso, após uma terça-feira (9) de idas e vindas, o julgamento da suspeição de Moro foi finalmente retomado, depois de mais de dois anos do pedido de vista do ministro do STF Gilmar Mendes, presidente da segunda turma do Supremo.

Após tentativa de Fachin de impedir a sessão, Mendes iniciou o julgamento votando a favor de declarar Moro imparcial nos julgamentos da Lava Jato - o que anularia todos os processos envolvendo Lula e Moro no âmbito da operação.
Na sequência, o ministro Nunes Marques, o único indicado pelo presidente brasileiro Jair Bolsonaro (sem partido) ao STF, pediu vista do processo alegando não conhecer a matéria suficientemente bem. Logo após ele, a ministra Cármen Lúcia, que assim como Fachin já votou contra a suspeição, mas ainda pode voltar atrás, afirmou que dará seu voto no retorno do julgamento. Fachin afirmou que fará o mesmo.

Já o ministro Ricardo Lewandowski, o último a declarar voto no julgamento nesta terça-feira (9), acompanhou o presidente e votou a favor da suspeição. Lewandowski também teceu duras críticas à Lava Jato, assim como Gilmar Mendes. Ambos defenderam que Moro pague as custas processuais.
Com isso, a votação fica suspensa e segue empatada. Não há previsões de retorno do julgamento após o pedido de vista.
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