Após a decisão surpresa de Edson Fachin na segunda-feira (8), que anulou ações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Curitiba, o ministro Gilmar Mendes quer que o STF analise as acusações de suspeição do ex-juiz Sergio Moro.
Fachin entende que as acusações de que o ex-juiz teria sido parcial perdem o objeto (validade). Porém, Gilmar Mendes, que relata o caso de Moro, entende diferente. Para ele, o STF terá muito o que discutir nas próximas semanas sobre os processos da Lava Jato.
De acordo com informações do portal G1, Gilmar Mendes decidiu levar a ação de suspeição contra o ex-juiz Sergio Moro ao plenário da Segunda Turma da Corte. O caso deve ser julgado nesta terça (9), e a tendência é que Moro seja condenado.
Com isso, todas as provas colhidas nos processos contra Lula que tramitaram na 13ª Vara Federal de Curitiba ficariam anuladas, e toda e qualquer investigação contra ele teria que recomeçar do zero.

Um dos efeitos colaterais da decisão de Fachin é tirar o foco de desconfianças sobre os procuradores da Lava Jato, bem como de Sergio Moro.
Além de retomar os processos à estaca zero, Fachin os mandou para a Justiça Federal do Distrito Federal. Esse deslocamento de competência evita a anulação dos inquéritos, interceptações e quebras de sigilo de Curitiba. Essas atividades poderiam culminar na declaração de suspeição de Moro, como deseja Gilmar Mendes.
Se Moro for também considerado suspeito no período em que comandou a Lava Jato, outros condenados podem recorrer para anular seus processos.

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