Com alguns prazos terminando, campanha Trump intensifica esforços legais contra estados-chave

© REUTERS / Jim UrquhartApoiadores de Donald Trump, presidente dos EUA, protestam contra resultados das eleições presidenciais
Apoiadores de Donald Trump, presidente dos EUA, protestam contra resultados das eleições presidenciais - Sputnik Brasil
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A campanha eleitoral do presidente norte-americano Donald Trump aumentou os esforços legais para impedir que seis estados-chave com pequenas vantagens de Joe Biden certifiquem seus resultados.

Todos os principais veículos de imprensa dos EUA já projetaram Joe Biden como vencedor da eleição presidencial de 3 de novembro.

Os eleitores norte-americanos elegem seu presidente através do Colégio Eleitoral, que atribui 538 votos eleitorais em todos os estados, e não através de um voto popular. Biden neste momento captou 306 votos eleitorais, sendo necessários 270 para ganhar. Segundo o voto popular, Biden ganhou 79,6 milhões de votos (51%) contra os 73,6 milhões de Trump (47%), de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (19).

Cada estado tem seus próprios prazos internos, mas devem certificar os resultados até o prazo federal de 8 de dezembro, com os membros do Colégio Eleitoral se reunindo em 14 de dezembro para emitir formalmente os votos.

A nível federal, a campanha de Trump pediu ao Departamento de Justiça dos EUA (DoJ, na sigla em inglês) para verificar os Sistemas de Votação Dominion, que eles alegam ter eliminado e revertido os votos, acabando esses a favor de Biden.

"À medida que começamos a investigar [...] o que surgiu muito rapidamente é que não há uma fraude eleitoral singular em um estado", disse o advogado de Trump, Rudy Giuliani, durante uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (19).

"Este padrão se repete em vários estados, quase exatamente o mesmo padrão, o que para qualquer investigador experiente [ou] procurador sugeriria que havia um plano de um lugar centralizado para executar estes vários atos de fraude eleitoral especificamente focados nas grandes cidades".

Batalha pelos estados

O estado de Pensilvânia, que garante 20 votos do Colégio Eleitoral, obteve oficialmente vitória por Biden com uma diferença de 82.100 (ou 1,2%) votos, segundo os últimos dados, com o prazo de contagem terminando na segunda-feira (23). Apenas 2.349 das cédulas enviadas por correio foram invalidados devido à falta de datas. Nenhum dos processos judiciais da campanha Trump no estado teve sucesso até agora.

Em Michigan, que é representado por 16 votos do Colégio Eleitoral, Biden ganhou oficialmente com uma diferença de 155.000 votos (ou 2,8%), e seus resultados também serão certificados definitivamente na segunda-feira (23).

Várias ações judiciais foram efetuadas pela campanha do atual presidente norte-americano, especialmente na cidade de Detroit, onde Biden conquistou 80% dos votos oficiais, porém, as tentativas também não obtiveram sucesso.

© REUTERS / Eduardo MunozRudy Giuliani, advogado pessoal do presidente dos EUA, Donald Trump, em coletiva de imprensa
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Rudy Giuliani, advogado pessoal do presidente dos EUA, Donald Trump, em coletiva de imprensa

No estado de Geórgia, responsável por 16 votos do Colégio Eleitoral, o secretário de Estado local, Brad Raffensperger, anunciou na quinta-feira (19) que uma recontagem de votos reafirmou a liderança de Biden, enquanto Trump conta com uma vantagem de 12.780 votos (ou 0,2% do total). O estado, por lei, deve certificar os resultados até à sexta-feira (20), 17h00, horário local (19h00, horário de Brasília), mas os processos judiciais continuam.

Em relação ao Arizona, que tem 11 votos no Colégio Eleitoral, e no qual Biden oficialmente supera Trump por 10.000 votos (ou 0,3%), juízes locais negaram uma auditoria ampla dos resultados, com os advogados da campanha Trump admitindo que o resultado final não seria alterado em caso de sucesso. A certificação final está prevista para 30 de novembro pela lei estadual.

O Wisconsin é representado por dez membros no Colégio Eleitoral, e foi conquistado por Biden com uma diferença de 20.608 votos (ou 0,6%), mas seus resultados são certificados até 1º de dezembro. A campanha Trump pagou US$ 3 milhões (R$ 15,9 milhões) na quinta-feira (19) para fazer recontagem nos condados de Milwaukee e Dane, onde Biden alcançou 70% e 75% dos votos, respectivamente, afirmando que houve alterações e emissões ilegais de votos, bem como um crescimento suspeito nos eleitores "indefinidamente confinados".

Entre os estados contestados, Nevada é o menos representado com seis votos no Colégio Eleitoral. Biden lidera por 34.000 votos (ou 2%). A campanha Trump alega que o uso de escaneamento ótico para processar assinaturas violou a lei estadual, e que foram emitidos votos por pessoas mortas. Um fiscalizador conservador entrou com uma ação judicial semelhante, sobre a qual se espera que um juiz ouça argumentos na sexta-feira (20).

A lei estadual exige que a certificação seja feita até terça-feira (24).

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