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Em entrevista, Trump dispara que queria base de Bagram 'por causa da China', não do Afeganistão

© REUTERS / Carlos BarriaDonald Trump, então presidente dos EUA, fala à mídia em Washington, EUA, 12 de janeiro de 2021
Donald Trump, então presidente dos EUA, fala à mídia em Washington, EUA, 12 de janeiro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 29.11.2021
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O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, disse que, enquanto planejava a retirada militar do Afeganistão, pretendia manter a grande base aérea de Bagram sob controle dos EUA devido à sua proximidade com as instalações nucleares chinesas.

"Eu estava indo embora [do Afeganistão], foram 21 anos – era suficiente. E eu tinha reduzido para 2.500 soldados, e manteria Bagram por causa da China, não por causa do Afeganistão. Porque eles estão a uma hora de distância de seu estorvo nuclear, porque é exatamente o que é, é onde eles fazem suas [armas] nucleares ", disse Trump em entrevista à Fox News.

O ex-presidente americano acredita, agora que Bagram está fora do controle dos Estados Unidos, que a China está interessada em assumir a base aérea.
Trump observou que a maneira como seu sucessor Joe Biden completou a retirada das tropas americanas do Afeganistão foi o "momento mais embaraçoso da história [dos Estados Unidos]". Ele acrescentou que estava planejando bombardear todas as outras bases no Afeganistão, para que não pudessem ser usadas após a retirada dos EUA.
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O ex-presidente criticou particularmente o presidente do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, Mark Milley, a quem ele citou como argumentando de que seria muito mais barato deixar equipamento militar para trás no Afeganistão durante a retirada do que trazê-lo.
"Ele fez uma declaração que eu sabia ser uma declaração terrível. Ele disse, 'senhor, é mais barato deixar o equipamento do que trazê-lo' [...] Temos um avião que custa US$ 98 milhões [cerca de R$ 550 milhões]", disse Trump.
Trump também criticou o ex-presidente afegão Ashraf Ghani, chamando-o de "vigarista" por supostamente tentar contrabandear mais dinheiro para fora do país do que o avião poderia carregar durante sua fuga.
Trump já havia criticado a forma como a administração Biden estava lidando com a retirada das tropas e os esforços de evacuação, e deu sua opinião sobre como o assunto deveria ter sido tratado a fim de minimizar o caos:
Primeiro você traz todos os cidadãos americanos. Depois, você traz TODOS os equipamentos. Em seguida, você bombardeia as bases em pedacinhos – E ENTÃO VOCÊ TRAZ PARA FORA OS MILITARES. Você não faz isso na ordem inversa, como Biden e nossos generais da ativa fizeram. Sem caos, sem morte – eles nem saberiam que partimos!
No início de julho, os americanos escaparam da Base Aérea de Bagram no meio da noite sem se despedir depois de quase 20 anos. Responsáveis militares afegãos disseram que fizeram isso em segredo, cortando a eletricidade e deixando as instalações para saqueadores vasculharem antes que as tropas afegãs pudessem retomar o controle da base.
Embora os afegãos digam que os americanos nunca os consultaram antes de abandonar a base, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, afirmou que a retirada não foi feita "sob algum tipo de manto de sigilo", mas o cronograma exato da partida das tropas não foi compartilhado de antemão com autoridades afegãs devido a questões de segurança.
© AP Photo / Rahmat GulSoldado afegão passa por veículos MRAP (protegidos contra emboscadas e resistentes a minas) que os EUA deixaram na base aérea de Bagram, Afeganistão, 5 de julho de 2021
Soldado afegão passa por veículos MRAP (protegidos contra emboscadas e resistentes a minas) que os EUA deixaram na base aérea de Bagram, Afeganistão, 5 de julho de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 29.11.2021
Soldado afegão passa por veículos MRAP (protegidos contra emboscadas e resistentes a minas) que os EUA deixaram na base aérea de Bagram, Afeganistão, 5 de julho de 2021
Bagram, que fica a cerca de 60 km de Cabul, foi posteriormente apreendida pelo Talibã (organização sob sanções da ONU por atividade terrorista), que também liberou milhares de presos – tanto companheiros insurgentes quanto terroristas do Daesh (também conhecido como Estado Islâmico, grupo terrorista banido da Rússia e outras nações).
Em 15 de agosto, o Talibã entrou na capital afegã, Cabul. O presidente afegão Ashraf Ghani renunciou e fugiu do país para evitar o que ele descreveu como derramamento de sangue se os militantes tivessem de lutar pela cidade. Desde então, a maioria dos países reduziu ou evacuou suas missões diplomáticas em Cabul.
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