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Após registro da Anvisa, prefeitos cobram do governo acordo com a Pfizer

© REUTERS / Kamil KrzaczynskiEnfermeiro aplica vacina da Pfizer em homem na cidade de Evanston, no estado de Illinois, nos EUA
Enfermeiro aplica vacina da Pfizer em homem na cidade de Evanston, no estado de Illinois, nos EUA - Sputnik Brasil, 1920, 23.02.2021
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A Frente Nacional de Prefeitos cobrou do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, um acordo do governo com a Pfizer para a compra de doses da vacina desenvolvida pelo laboratório. 

Nesta terça-feira (23), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que vai conceder registro definitivo para a vacina contra o coronavírus produzida pela Pfizer. Trata-se do primeiro aval do tipo a ser autorizado no Brasil. 

Apesar disso, as negociações entre o governo e o laboratório estão emperradas desde o ano passado, e não há acordo para compra de doses do imunizante

O presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Jonas Donizette, disse que a entidade vai pedir ao governo para que feche um acordo com a Pfizer. 

"Nossa força vai se concentrar em cobrar do ministério a compra da vacina, desenrolar", disse o presidente da FNP em entrevista ao portal UOL. 

A entidade, que representa prefeitos de capitais e cidades com mais de 80 mil habitantes, vem criticando a gestão do governo federal durante a pandemia, culpando o Ministério da Saúde pelo ritmo lento da vacinação no país. 

"Nessa questão da Pfizer, especificamente, o nosso foco vai ser para que o governo adquira as vacinas. Porque os prefeitos já provaram que têm grande mobilização local, de velocidade de vacinação. Se a gente tiver a vacina, podemos até junho ter a nossa população imunizada. E isso significa uma recuperação de mais dois pontos no PIB do país", argumentou Donizette.

Governo critica cláusulas 'abusivas'

O governo federal acusa a Pfizer de impor cláusulas abusivas no contrato para entrega de doses. O laboratório, que ofereceu 70 milhões de doses, diz que há má vontade do Ministério da Saúde.

Outro empecilho é que o imunizante precisa ser armazenado a uma temperatura de -70ºC, o que dificulta a logística para manutenção das doses. A Pfizer, por sua vez, diz que pode ajudar o governo nessa questão. Com o registro definitivo, é possível iniciar a comercialização e uso em massa de uma vacina. 

"Se a Pfizer já vendeu para tantos países e países que têm até grau de exigências superiores aos nossos, por que não fazer esse acordo comercial?", perguntou Donizette.

Nesta segunda-feira (22), representantes do laboratório disseram que não vão abrir mão de suas condições para fechar um acordo com o Brasil. Em reunião com a Pfizer, senadores se prontificaram a intermediar as negociações entre a empresa e o governo. 

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