"Cada ano alguns milhares de visons escapam", contou o gerente de pesquisa veterinária da Administração Veterinária e Alimentar dinamarquesa Sten Mortensen, adicionando que esse ano se estima que cerca de 5% destes animais, ao escaparem, poderiam ser infectados com SARS-CoV-2.
Os visons podem transmitir coronavírus para animais silvestres, apesar de milhões de visons terem sido exterminados nas fazendas para prevenir a propagação do vírus.
No entanto, o risco de que os fugitivos infectariam outros animais é baixo, destacou o especialista, porque os visons são "animais muito solitários". Porém, se o fizessem, os animais mais prováveis ao contágio incluiriam, em particular, furões, cães-guaxinim e "animais domésticos suscetíveis" como gatos.
Se for permitido a se propagar sem controle entre os animais na vida selvagem, SARS-CoV-2 poderia continuar circulando em outras espécies e ser "uma ameaça de pandemia permanente para seres humanos e animais", apontou o diretor de virociência da Universidade Erasmus de Roterdão, na Holanda, Marion Koopmans.
Os Países Baixos, Espanha, Suécia e os Estados Unidos anunciaram as infecções de SARS-CoV-2 entre visons nas fazendas e, como consequência, exterminaram milhares de animais.
Circulando entre os visons, o vírus desenvolveu mutações genéticas, segundo as autoridades de saúde, e foi transmitido de visons para um pequeno número das pessoas. No entanto, agora não há evidências consideráveis de que este vírus mutado possuiria resistência contra vacinas.
