Em mais um capítulo da crise política motivada por esta decisão, o governo dinamarquês afirmou estar considerando desenterrar os animais para incinerar seus corpos e, desta forma, impedir a proliferação da mutação do vírus da COVID-19.
Há pouco, surgiram novas questões sobre a eliminação dos animais. Os cadáveres dos visons foram enterrados em valas comuns pouco profundas, onde seus corpos em decomposição começaram a produzir gases como parte do processo de decomposição.
Na última semana, os gases liberados empurraram as carcaças dos visons para fora do solo. O fenômeno foi recebido com humor por muitos internautas, que o chamaram de "visons zumbis".
Há receios de que o fósforo e nitrogênio possam ser liberados em grandes quantidades das valas comuns, contaminado o meio ambiente e representando um perigo para a população.
O novo ministro dinamarquês dos Alimentos e da Agricultura, Rasmus Prehn, apoiou a ideias de exumar e incinerar os corpos.
"Tenho desde o primeiro dia a ideia de nos livrarmos dos visons e incinerá-los", disse Prehn, citado pelo jornal Jyllands-Posten, enquanto admite que esta ação precisaria primeiramente da aprovação da agência de proteção ambiental do país.
A maioria dos parlamentares dinamarqueses apoiou a iniciativa. Primeiramente, a Administração Veterinária e de Alimentos da Dinamarca investigou outras opções além da incineração, mas as descartou devido a questões práticas e logísticas.
Visons infectados são classificados como "resíduos perigosos", que requerem medidas especiais para a recepção e descarte devido ao risco de infecção. Porém, as instalações dinamarquesas autorizadas para incineração somente podem lidar com pequenas quantidades.
O abate de toda a população de visons no país europeu foi decretado no começo de novembro em meio ao medo de que uma mutação do coronavírus tornasse as vacinas menos eficientes e interferisse com a inoculação futura.
Quando o programa de extermínio já estava ocorrendo, se descobriu que a decisão não tinha base legal. Apesar da renúncia do ministro da Agricultura do país e de protestos dos criadores, o governo manteve o apoio necessário para continuar o plano.
Enquanto abates parciais foram realizados por vários outros países, a Dinamarca foi o único até o momento a ordenar um abate completo.
Ao pressionar o botão "Publicar", você concorda expressamente com o processamento de dados da sua conta no Facebook para permitir que você comente notícias no nosso site usando essa conta. Você pode consultar a descrição detalhada do processo de processamento na Política de Privacidade.
Você pode cancelar seu consentimento removendo todos os comentários publicados.
Todos os comentários
Mostrar comentários novos (0)
em resposta a(Mostrar comentárioEsconder comentário)