A vacina da Moderna contra a COVID-19 garante imunidade de pelo menos três meses após a aplicação da segunda dose. É o que aponta um estudo conduzido pelos Institutos Nacionais de Saúde do Reino Unido, publicado na edição desta semana do jornal acadêmico New England Journal of Medicine.
Os pesquisadores testaram o nível de dois anticorpos nos 34 voluntários do estudo e observaram uma queda leve (e "prevista") na imunidade após 90 dias da aplicação da segunda dose de vacina. Mesmo com a queda, os vacinados apresentaram imunidade maior que pessoas que não se vacinaram e ficaram curadas da COVID-19.
Como o estudo observou os voluntários ao longo de três meses após a segunda dose, a conclusão do estudo considera este período de tempo. No entanto, os pesquisadores acreditam que a vacina "tem o potencial de fornecer imunidade humoral durável".
"Nossos resultados fornecem suporte para [...] um estudo de fase 3 em andamento, que recentemente mostrou uma taxa de eficácia de 94,5% em uma análise intermediária", diz a conclusão da pesquisa.
Nesta semana os primeiros países a anunciar a campanha de vacinação contra a COVID-19 foram conhecidos. Nesta sexta-feira (4), os moradores da capital da Rússia, Moscou, começaram a ter acesso à vacina Sputnik V contra a COVID-19.
O Reino Unido anunciou o início da vacinação para a segunda semana de dezembro, com o imunizante da Pfizer. O Brasil planeja começar o plano de imunização da população em março.