Tal operação enfureceu o parlamento iraquiano que, por sua vez, exigiu a retirada de todas as forças militares estrangeiras presentes no país.
O ex-primeiro ministro do Iraque, Nouri Al-Maliki, afirmou em uma entrevista à Al-Alam TV que o assassinato do major-general iraniano ocorreu porque ele teria arruinado os planos dos EUA para "mudar a identidade da região".
Al-Maliki caracterizou o assassinato do chefe da Força Quds pelos EUA como um "crime hediondo", apontando que Washington não só violou a soberania do Iraque, como também acabou por matar Abu Mahdi Al-Muhandis, chefe das Forças de Mobilização Populares do Iraque, que acompanhava Soleimani.
O ex-primeiro ministro iraquiano comparou as ações dos EUA ao comportamento típico de gangsters, e não de um Estado que clama "slogans de liberdade e democracia".

Al-Maliki apelou às autoridades governamentais para que abram uma investigação profunda ao assassinato de Soleimani, de modo a determinar se houve alguém em Bagdá que tenha ajudado Washington, pois ainda não se sabe como os EUA souberam da localização do comandante iraniano.
Sobre o assassinato de Soleimani
O major-general Qasem Soleimani, comandante da Força Quds, estava saindo do Aeroporto Internacional de Bagdá quando um míssil americano foi disparado contra o carro que o transportava.
O militar iraniano se encontrava em uma suposta missão diplomática secreta, cujas razões ainda não foram totalmente apuradas.

Os responsáveis iraquianos, por sua vez, foram notificados sobre o acontecimento apenas horas depois da operação ter terminado, ação que o parlamento iraquiano condenou severamente, ordenando a saída das forças estrangeiras do país, ordem que os EUA parcialmente cumpriram.
No entanto, o Irã prometeu vingar seu respeitado general, tendo realizado dois ataques aéreos contra duas bases militares americanas no Iraque. A República Islâmica já avisou que esse não foi seu último ato de vingança, e que não vai descansar até que todas as forças americanas abandonem o país.
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