A declaração, a primeira de uma autoridade da Arábia Saudita feita após o anúncio do acordo, foi feita em Berlim pelo chanceler saudita, Faisal bin Farhan, durante coletiva de imprensa ao lado do ministro das Relações Exteriores alemão, Heiko Maas. Bahrein, Omã e Egito já haviam emitido comunicados oficiais saudando o pacto.
Os palestinos, por sua vez, classificaram o acordo entre Israel e os Emirados Árabes como uma traição à causa palestina.
Além da instalação de embaixadas, o pacto assinado no dia 13 de agosto, que teve mediação dos EUA, prevê a suspensão dos planos israelenses de anexação da Cisjordânia. Riad e os Emirados Árabes Unidos são aliados próximos.
Riad defende acordo entre Israel e Palestina
Por outro lado, o chanceler afirmou que a Arábia Saudita estava pronta para realizar acordo semelhante com Israel, mas desde que israelenses e palestinos chegassem a um entendimento, segundo a agência AP. Israel e Riad mantêm algum tipo de diálogo, sobretudo em função da preocupação mútua com a influência do Irã na região.
Farhan disse que Riad mantém seu compromisso de paz com Israel com base na Iniciativa de Paz Árabe. Assinado em 2002, o acordo prevê a normalização das relações entre países árabes e Israel em troca do reconhecimento da Palestina.
"Assim que isso for alcançado, tudo é possível", afirmou.
O chanceler ressaltou também que o "reino considera qualquer medida unilateral de Israel para anexar a Palestina como um enfraquecimento da solução de dois Estados".