Conexão entre caso Skripal e ataque químico na Síria tem lógica, diz embaixador russo

© AFP 2023 / JEAN-PIERRE CLATOTAlexander V. Yakovenko, atual embaixador da Rússia no Reino Unido, em discurso de 20 de junho de 2006 sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra.
Alexander V. Yakovenko, atual embaixador da Rússia no Reino Unido, em discurso de 20 de junho de 2006 sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra. - Sputnik Brasil
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A Rússia acredita que há "certa lógica" na suposição de que o caso do envenenamento dos Skripal e um suposto ataque químico em Douma, na Síria estão ligados, já que em ambos os casos Moscou foi exposta sob uma luz negativa, disse o embaixador russo no Reino Unido Alexander Yakovenko nesta sexta-feira (13).

"Nós podemos ver uma certa lógica nesse caso, o caso todo, esse assunto muito sério em Salisbury foi uma grande provocação contra meu país […]. [Agora] aqui todo mundo está falando, e lendo os artigos sob o olhar dos políticos britânicos e da mídia britânica, [por quem] a Rússia é pintada, se eu for generoso, não da melhor forma […]. 

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Deve haver algum tipo de conexão, no primeiro caso, você irá ouvir sobre as supostas armas químicas […] e no outro [também], em Duma […]. Então há algum tipo de projeção de uma idéia de que a Rússia está apoiando tudo o que está relacionado com armas químicas", disse Yakovenko, respondendo a uma pergunta de um repórter da Sputnik.

No entanto, Yakovenko observou que Moscou estava lidando com essas questões "caso a caso", de forma separada.

Nas últimas semanas, o Ocidente acusou repetidamente a Rússia de envolvimento em um ataque químico ou pelo menos de ter apoiado quem supostamente usou tais armas químicas.

Em março, o espião russo Sergei Skripal e sua filha Yulia foram encontrados inconscientes em um banco de um shopping center na cidade britânica de Salisbury.

O Reino Unido acusou Moscou de orquestrar o ataque com o que os especialistas britânicos afirmam ser um agente nervoso A234. Logo após o incidente, Londres anunciou a expulsão de 23 diplomatas russos. Desde então, mais de 25 países expulsaram diplomatas russos "em solidariedade" a Londres.

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Moscou negou ter qualquer papel no envenenamento, apontando para a falta de evidências fornecidas por Londres para fundamentar suas acusações. A Rússia também ofereceu sua assistência na investigação. No entanto, o pedido de Moscou de amostras da substância química usada para envenenar Skripal foi rejeitado.

A tensão na Síria cresceu significativamente na semana passada por causa de um suposto ataque químico na cidade de Douma, localizada no subúrbio de Damasco, em Ghouta, no leste do país, cujos relatos surgiram no sábado (7). A União Europeia e os Estados Unidos culparam o presidente sírio Bashar Assad pelo incidente, mas Damasco refutou as acusações.

Na quarta-feira (11), o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que a Rússia, que apoia Assad, deveria "se preparar", já que mísseis "bons" e "inteligentes" deveriam atingir a Síria.

Moscou pediu uma investigação completa sobre o suposto ataque antes que conclusões sejam tiradas. Mais cedo nesta sexta-feira (13), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que Moscou tinha provas irrefutáveis de que o incidente em Douma foi encenado com o envolvimento de serviços de segurança estrangeiros.

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