As relações entre a China e a América Latina têm experimentado um rápido desenvolvimento, segundo afirmou à RT o pesquisador do Instituto de América Latina da Academia de Ciências Sociais da China, Xu Shicheng. A evolução, segundo ele, se dá graças a “uma cooperação abrangente e a um fomento bilateral mútuo proposto pelo presidente Xi".
Nesse sentido, diz Shicheng, a nova viagem do presidente chinês representa "uma nova fase" na cooperação e nas relações bilaterais entre o gigante asiático e a América Latina.
Equador, Peru e Chile
A primeira parada de Xi será em Quito, capital do Equador. Ele se reunirá com o presidente Rafael Correa e com a presidente da Assembleia Nacional, Gabriela Rivadeneira. Esta será a primeira visita de um presidente chinês ao país desde o estabelecimento de relações diplomáticas em 1980. Além de assinar uma série de acordos e convênios, será ratificada a entrega de ajuda humanitária da China para o Equador, em relação ao grande terremoto que abalou o país em abril. Pequim já contribuiu com mais de US$ 10 milhões em empréstimos diretos para a reconstrução de habitações.
O segundo país visitado pelo chefe de Estado chinês é o Peru, onde estará nos dias 19 e 20 de novembro para participar da 24ª Reunião de Líderes Econômicos do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) em Lima. Além disso, Xi se reunirá com o presidente Pedro Pablo Kuczynski, que visitou a China em setembro deste ano.
Finalmente, Xi chegará ao Chile, primeiro país da região que estabeleceu relações com Pequim e com o qual a China assinou um acordo de livre comércio. Além da reunião com a presidente Michelle Bachelet, Xi vai impulsionar a revisão e a modernização do acordo econômico vigente entre os dois países, processo iniciado em 2015.Aposta na América Latina
Desde o início do novo século, a China vem incrementando as suas relações políticas e comerciais com a América Latina. Segundo a agência equatoriana Andes, "o volume de comércio entre China e América Latina aumentou mais de 20 vezes ao longo da última década, situando-se em 236,5 bilhões de dólares em 2015". Além disso, o gigante asiático “é o segundo maior parceiro comercial e a terceira maior fonte de investimentos na América Latina".
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