O documento, redigido por iniciativa do deputado tcheco Miroslav Ransdorf e da deputada letã Tatjana Zdanoka, também manifesta preocupação com a série de assassinatos de jornalistas e políticos da oposição que vem ocorrendo na Ucrânia.
Em 2 de maio de 2014, dezenas de ativistas do movimento de protesto contra o golpe ocorrido em Kiev morreram no edifício da Casa dos Sindicatos de Odessa, que supostamente teria sido incendiado por radicais da facção ultranacionalista ucraniana Setor de Direita e seus cúmplices. De acordo com relatórios recentes, 48 pessoas morreram e 214 ficaram feridas. Antes disso, dezenas de pessoas já haviam sido mortas na Praça da Independência de Kiev (Maidan) devido à ação de snipers que, supostamente, também poderiam estar a serviço dos ultranacionalistas, e também devido ao uso de armas de fogo e coquetéis Molotov por parte da oposição. O centro da capital ucraniana vinha sendo ocupado desde novembro de 2013 por manifestantes pró-ocidentais que exigiam a volta do processo de integração da Ucrânia com a União Europeia, e foi palco de diversos confrontos com a polícia e grupos extremistas.No último sábado (2), o aniversário de um ano da tragédia de Odessa foi lembrado em diversos países, como Rússia, Itália, Canadá, França e Inglaterra, com uma série de homenagens aos mortos, pedidos de justiça e slogans antifascistas.
Toronto remembers Odessa Massacre http://t.co/AD9IlZmK06
— Russian Orthodox (@OrthodoxRussian) 3 maio 2015
Até agora, porém, a investigação realizada por dois grupos parlamentares e pela polícia ucraniana não identificou os autores dos crimes. As Nações Unidas classificaram como 'inadequadas' as medidas tomadas pelas autoridades ucranianas para investigar os assassinatos do ano passado em Kiev e Odessa.
O Setor de Direita é uma união de organizações nacionalistas de extrema direita. Em janeiro e fevereiro de 2014, os combatentes do movimento participaram dos confrontos com a polícia e no assalto a edifícios administrativos em Kiev. Depois de abril, participaram da repressão aos protestos contra o golpe de Estado e aos movimentos por independência no leste do país, ao lado do exército ucraniano. Em março de 2014, o grupo foi transformado em partido político, liderado por Dmitry Yarosh, mas manteve ao mesmo tempo o seu braço armado. A atividade do Setor de Direita é proibida na Rússia, que considera extremista o caráter da organização.
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