Os números foram divulgados nesta sexta-feira (29) pelos dois países demonstram o impacto direto em suas economias da crise sanitária gerada pela pandemia de COVID-19, escreve a Rádio França Internacional.
Os números são inéditos desde a criação do Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos Econômicos (Insee) da França, em 1946. A queda do PIB francês, porém, não é tão pessimista quanto previa a instituição.
Problemas econômicos da França
O Insee apostava em uma contração de cerca de 9%, e o governo previu uma queda de 11%. A economia francesa conseguiu resistir melhor ao segundo lockdown, imposto no final de 2020, com um recuo de 1,3% no último trimestre. Ela foi penalizada sobretudo pela queda de 5,4% no consumo devido ao fechamento das lojas.
As consequências da crise sanitárias provocada pela COVID-19 são gritantes. Depois de registrar um crescimento de 1,5% em 2019 - um dos mais importantes da zona do euro - o ano de 2020 foi palco de uma recessão recorde para a França.
A pandemia levou o governo a restringir a atividade econômica para frear as contaminações, resultando em graves perdas para o país. O consumo teve queda de 7,1% no conjunto de 2020. Já o investimento registrou um recuo de 9,8%. A crise sanitária também perturbou as trocas comerciais. As exportações tiveram uma queda de 16,7% enquanto as importações baixaram em 11,6%.

Queda de 11% do PIB na Espanha
A Espanha viu seu PIB desabar 11% em 2020 com relação ao ano anterior, de acordo com as primeiras estimativas publicadas nesta sexta-feira (29). O governo espanhol trabalhava com uma previsão de queda de 11,2%. Já o Fundo Monetário Internacional era mais pessimista e previa um recuo de 12,8%.
A economia do país foi extremamente castigada pelo lockdown rigoroso imposto entre março e abril, com duas semanas de pausa total das atividades consideradas não essenciais. Durante o verão no Hemisfério Norte, a Espanha conseguiu se recuperar, especialmente devido ao salto do setor turístico.
Com a chegada da segunda onda, o resultado foi mais de meio milhão de desempregados, em particular nos setores do turismo e da hotelaria. Enquanto isso, o país continua lutando contra a epidemia, contabilizando mais de 57 mil mortos e 2,7 milhões de casos de COVID-19.

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