A resolução, aprovada nesta sexta-feira (26) com uma maioria esmagadora, insta o governo federal a tomar medidas para impedir a anexação de territórios palestinos. Ela diz que o governo belga deve "desempenhar um papel de liderança" na elaboração de uma lista de "contra-medidas eficazes destinadas a responder proporcionalmente" a Israel, se prosseguir com o plano.
O documento também pede que medidas punitivas em toda a Europa sejam potencialmente tomadas contra o governo do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. Se não houver acordo sobre uma resposta no nível europeu, no entanto, a Bélgica deve procurar formar uma "coalizão entre Estados membros com a mesma opinião" para elaborar uma resposta comum, diz a resolução.
Muitos países da União Europeia (UE) expressaram forte oposição à intenção de Israel de anexar até 30% da Cisjordânia a partir de 1º de julho, mas o bloco precisa de um consenso de todos os 27 membros para impor sanções.
No mês passado, o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, disse que estava trabalhando com parceiros da UE em uma possível "represália" contra Israel. Na quarta-feira (24), mais de mil legisladores de 25 países europeus assinaram um comunicado opondo-se a qualquer anexação israelense unilateral da Cisjordânia. No entanto, o Parlamento belga é o primeiro da UE a pedir oficialmente sanções pela anexação planejada.

O ministro das Relações Exteriores da Palestina, Riyad al-Maliki, elogiou a resolução do Parlamento belga, dizendo que chegou em um momento de crescente rejeição internacional dos planos de Israel.
"Vemos todos os dias indicações de erosão do apoio a Israel e da imunidade que ele desfruta há décadas, apesar de suas contínuas violações", afirmou Al Maliki nesta sexta-feira (26).
No entanto, o embaixador de Israel na Bélgica, Emmanuel Nahshon, condenou a medida, argumentando que a Bélgica deveria incentivar os palestinos a voltarem às negociações pacíficas em vez de aplicar pressão "indevida" sobre Israel, relatou o jornal Times of Israel.
Netanyahu prometeu anexar áreas da Cisjordânia, onde mais de 420 mil colonos judeus vivem como parte da iniciativa Visão para a Paz dos EUA, mas a Casa Branca disse na quinta-feira (25) que não havia tomado uma decisão final sobre apoiar totalmente planos.
A anexação tornaria oficial o Estado de fato nos assentamentos somente para judeus. O plano foi condenado por especialistas em direitos humanos das Nações Unidas, que o chamaram de "ilegal" e "apartheid do século XXI".
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