Zafiris tem ajudado os ativistas a recolher e enviar cargas com ajuda humanitária para os residentes das regiões prejudicadas pela guerra civil travada no Leste da Ucrânia. Sua organização presta assistência a duas escolas no território da RPD, onde é ensinado o idioma grego.
O jornalista acredita que o centro representativo possa ajudar a desenvolver os laços a nível cultural, individual e econômico entre a república autoproclamada e o país europeu do Sul.
"Não nos esqueçamos de que na região de Donetsk vive uma grande comunidade grega, cerca de 100 mil pessoas. Financiamos uma escola grega lá. Infelizmente, o Estado grego não apoia esta comunidade grega significativa. Financiamos também o centro cultural em Gorlovka [cidade na região de Donetsk]", contou Zafiri, expressando a esperança de que a partir de agora seja mais fácil ajudar a região.
Ex-ministro da Energia grego e o líder do partido Unidade do Povo Panagiotis Lafazanis desejou muito sucesso para a República Popular de Donetsk.
"Desejamos vitória ao povo que luta pela soberania e independência. A vontade do povo de Donetsk é o mesmo que o daqui, na Grécia. Em um futuro breve, conseguiremos liberdade e independência. É a nossa luta também. Expressamos solidariedade com Donetsk e com a luta do seu povo", afirmou.
A chanceler da RPD, Natalia Nikanorova, em um comunicado de saudação em nome de todos os residentes da república, agradeceu aos gregos a "contribuição para o desenvolvimento da República Popular de Donetsk como uma peça da comunidade internacional".Porém, a chancelaria grega se apressou em afirmar que não reconhece a representação da RPD em Atenas.
"A Grécia nunca reconheceu a 'República de Donetsk' autoproclamada. Quaisquer ações que minem a integridade territorial da Ucrânia contradizem completamente à postura do governo grego quanto ao respeito da sua integridade territorial", declarou um representante oficial do Ministério das Relações Exteriores grego.
Segundo o porta-voz, as mensagens das agências de notícias sobre instituição de uma representação "oficial" do Estado não reconhecido não tem nada a ver com a realidade.
Andreas Zafiris, por sua vez, afirmou à Sputnik que a inauguração da representação é um evento que tem grande peso político na luta antifascista dos povos no Leste da Ucrânia e em outros países.
Segundo ele, na época a guerra já se conduzia na região, e continua sendo travada hoje em dia, tendo levado vidas de dezenas de milhares de pessoas e levado à fuga de 1,6 milhões de refugiados. A despeito dos dois acordos de Minsk que visam estabelecer a paz no Leste da Ucrânia, a parte ucraniana "continua bombardeando as regiões civis", afirmou Andreas Zafiris.
Em sua opinião, em 18 de fevereiro, a Rússia, de fato, reconheceu as repúblicas populares, sendo que reconheceu os documentos concedidos no respectivo território.
"Claro que o processo de reconhecimento das repúblicas populares não é nada fácil. Mas os acontecimentos internacionais não param", concluiu, adiantando que o caminho palestino foi, em algum instante, parecido.
"Indiferentemente da postura do governo grego — reconhecer ou não reconhecer as repúblicas populares — há reconhecimento na mente do povo grego. E isto é o mais importante", concluiu.
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