Compra de Israel de KC-46A dos EUA não está saindo do lugar devido a atrito de ministros israelenses

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Enquanto não há progressos no avanço do negócio de aeronaves de grande escala entre Israel e EUA, a Força Aérea norte-americana decidiu adquirir mais 12 aviões de reabastecimento aéreo KC-46A.

A Boeing declarou no domingo (17) que obteve um contrato de US$ 1,7 bilhão (aproximadamente R$ 9 bilhões) com a Força Aérea dos EUA. Com este sexto lote de produção, a Boeing agora tem contrato para 79 aeronaves de reabastecimento aéreo KC-46A, para que a Força Aérea americana possa substituir aviões antigos, conta o The Jerusalem Post.

A companhia entregou o primeiro avião-tanque KC-46A à Força Aérea em janeiro de 2019. Desde então, a Boeing entregou 42 navios-tanque para quatro bases diferentes.

O que torna o KC-46A tão especial?

O Ministério da Defesa de Israel, por sua vez, está atualmente trabalhando em um acordo no valor de bilhões de dólares com o seu aliado americano, que substituiria muitas das antigas aeronaves da Força Aérea israelense. Como parte desse acordo, a Força Aérea israelense está planejando comprar quatro aviões-tanque KC-46A.

Os aviões-tanque KC-46 substituirão os Re'em de Israel (Boeing 707) de quase 60 anos, necessários para missões de longo alcance. A frota de aviões Re'em israelense, cujo número permanece confidencial, corresponde a ex-aeronaves civis adaptadas para uso militar, tais como o reabastecimento aéreo para caças.

Com autonomia de 11.830 quilômetros e com capacidade para descarregar cerca de 94 mil litros de combustível, o KC-46 pode reabastecer mais de 64 diferentes tipos de aeronaves, incluindo os caças F-35 e F-15, segundo a mídia israelense.

Contudo, este enorme negócio de aeronaves está enfrentando obstáculos devido a divergências entre os ministérios da Defesa e das Finanças de Israel sobre o método de pagamento, e também à falha do governo em aprovar um orçamento para o país. De igual modo, as eleições de março também poderão contribuir para o atraso da aprovação do acordo em questão.

Consequências do contínuo atraso em chegar a acordo

Em novembro, o diretor-geral do Ministério da Defesa, Amir Eshel, avisou que o adiamento contínuo do acordo minaria a segurança de Israel. O diretor-geral culpou a falta de orçamento como um grande obstáculo para o avanço israelense.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) precisam "urgentemente" de novas aeronaves para substituir a frota envelhecida de Israel de aviões-tanque Re'em Boeing 707, declarou Eshel.

"Não há país no mundo que utilize plataformas tão antigas [...]. Pilotar um reabastecedor ou um helicóptero de mais de 50 soldados não é trivial. Esses são níveis de risco intriviais", teria avisado Eshel, citado no artigo.
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