Ao falar da supremacia russa, Pentágono tenta empolar orçamento militar?

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Os EUA não serão capazes de fazer frente às armas russas e chinesas no caso de um conflito militar, acabou de reconhecer o Pentágono. Em uma conversa com a Sputnik, o diretor do Instituto de Planejamento Estratégico, Aleksandr Gusev, avança o que pode estar por trás dessa declaração.

No cenário de uma possível guerra, o território estadunidense não poderá estar a salvo dos armamentos russos e chineses, disse o chefe do Comando Norte e do Comando da Defesa Aeroespacial dos EUA, general Terrence O'Shaughnessy.

Porém, o especialista russo Aleksandr Gusev considera que as declarações do general poderão ter outra motivação.

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"As Forças Armadas dos EUA também são bastante potentes, não se pode subestimá-las. Outra coisa é saber por que ideais os militares se norteiam ao defender seu país — esta é uma questão bastante séria. No que se trata da moral das tropas, as coisas estão bem complicadas no exército estadunidense. Os norte-americanos nunca combateram no seu próprio território, sem contar com a Guerra Civil", observou o interlocutor do serviço russo da Rádio Sputnik.

Entretanto, observou o especialista, nem a Rússia nem a China têm qualquer intenção de travar guerra contra os EUA no momento atual.

"Por isso quaisquer conclusões dos generais norte-americanos dizendo que os EUA não poderão opor resistência à Rússia, China ou a algum outro país não são nada mais que bate-papo", acrescentou.

"Mas também há outro lado da moeda. A questão é que, quanto mais eles promoverem a histeria em relação ao poderio militar russo, mais dinheiro o Pentágono solicitará, mais dinheiro será alocado para despesas militares", argumentou.

Não é a primeira vez que a entidade militar estadunidense manifesta preocupação com sua incapacidade de interceptar mísseis hipersônicos. Particularmente, no decorrer das audiências no Comitê das Forças Armadas do Senado dos EUA, John Hyten, chefe do Comando Estratégico do país, chamou atenção para este problema.

Além disso, a mídia norte-americana tem divulgado informações sobre as falhas dos sistemas antiaéreos nacionais: por exemplo, a edição The New York Times afirmou que, em 2017, os complexos estadunidenses Patriot na Arábia Saudita nem conseguiram interceptar um míssil balístico Scud, elaborado ainda em meados do século XX.

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