A companhia farmacêutica afirmou que a eficácia da vacina desenvolvida em conjunto com a alemã BioNTech SE foi consistente em grupos demográficos por etnia e faixa etária, e acrescentou que não foram detectados efeitos adversos importantes.
"A análise dos dados indica uma taxa de eficácia da vacina de 95% [p <0,0001] em participantes sem infecção prévia por SARS-CoV-2 [primeiro objetivo primário] e também em participantes com e sem infecção prévia por SARS-CoV-2 [segundo objetivo primário], em cada caso medido a partir de sete dias após a segunda dose. [...] A eficácia foi consistente em dados demográficos de idade, sexo, raça e etnia", disse a Pfizer na nota.
De acordo com a Pfizer, o imunizante - que utiliza a tecnologia denominada "RNA mensageiro (mRNA)" - registrou eficácia de 94% em adultos maiores de 65 anos, um dos grupos mais vulneráveis ao vírus. A companhia norte-americana acrescentou que, durante os testes com mais de 43 mil voluntários, reportou 170 casos de COVID-19, dos quais 162 estavam em observação pela aplicação de um placebo e oito tinham recebido doses da vacina experimental. No total, dez pessoas desenvolveram sintomas graves de COVID-19, das quais apenas uma tinha recebido o imunizante.
BREAKING: We are proud to announce, along with @BioNTech_Group, that the Phase 3 study of our #COVID19 vaccine candidate has met all primary efficacy endpoints.
— Pfizer Inc. (@pfizer) November 18, 2020
URGENTE: Temos o orgulho de anunciar, ao lado do grupo BioNTech, que a fase III do estudo de nossa candidata à vacina contra a COVID-19 atendeu a todos os objetivos de eficácia primária.
Além disso, a companhia informou que a vacina foi bem tolerada e que os efeitos adversos foram, em sua maioria, leves e moderados, e desapareceram rapidamente. Os únicos efeitos adversos severos que corresponderam a 2% ou mais foram fadiga, presenciada em 3,8% dos voluntários, e dor de cabeça, presenciada em 2% dos participantes. Já os idosos mostraram ser mais propensos a apresentar febre e efeitos adversos menores depois da inoculação.
Com o agravamento da pandemia no Hemisfério Norte nos últimos meses, a pressão por uma vacina eficaz e segura aumenta ainda mais para reduzir o peso sobre os sistemas de saúde, pois muitos países vêm sofrendo com recordes de novos casos e hospitalizações.
"Já que centenas de milhares de pessoas se infectam todos os dias, necessitamos urgentemente entregar uma vacina segura e eficaz ao mundo", disse o diretor-executivo da Pfizer, Albert Bourla, em comunicado.
Pfizer e BioNTech afirmaram que planejam enviar os dados para outras agências reguladoras no mundo e nos Estados Unidos, e que também pretendem mandar as análises do estudo final para uma revista científica, para que sejam revisadas por seus pares da comunidade científica. Além disso, a companhia informou que espera solicitar uma permissão para o uso emergencial do imunizante à agência reguladora dos Estados Unidos, a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês), em questão de dias.
O grupo farmacêutico assinalou que espera produzir até 50 milhões de doses de vacinas este ano, o suficiente para imunizar 25 milhões de pessoas, e acrescentou que pretende elaborar até 1,3 bilhão de doses em 2021.
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