Nós já sabemos que houve água em Marte, no passado distante, que formou rios e lagos na superfície do planeta. Mas não há consenso sobre se o Planeta Vermelho teria sido sempre tão frio como agora.
Uma nova pesquisa, baseada na suposição que o clima de Marte poderia ter sido tão quente, que permitiria a queda de chuvas e que rios corressem, aumenta a possibilidade de ter existido vida no Planeta Vermelho.
"Nós sabemos que houve períodos em que a superfície de Marte esteve congelada, nós sabemos que houve períodos em que a água fluía livremente. Mas nós não sabemos exatamente quando foram estes períodos e por quanto tempo duraram", disse a professora Briony Horgan, da Universidade Purdue, em Indiana, durante a apresentação dos resultados na conferência de geoquímica em Barcelona na terça-feira (20).
A equipe de cientistas liderada por Briony Horgan estudou os dados sobre depósitos de minerais em Marte usando o rover Curiosity e o espectrômetro CRISM da NASA, que detecta minerais na superfície que podem indicar a existência de água liquida no passado.
Depois os cientistas compararam os dados com a informação de vários lugares da Terra para entender se haveria quaisquer semelhanças entre Marte antigo e a Terra antiga.
"Nossa pesquisa do intemperismo em condições climáticas totalmente diferentes, tais como o Oregon, Havaí, Islândia e outros lugares na Terra, pode nos mostrar como o clima afeta os padrões de depósitos minerais tal como os vemos em Marte", disse a professora Horgan.
Segundo ela, as descobertas indicam uma "tendência geral lenta" do clima quente ao frio em Marte entre três e quatro bilhões anos atrás. Aproximadamente o mesmo tempo em que a vida apareceu na Terra.
"Se é assim, então isso é importante na busca por uma possível vida em Marte", adiciona ela.
Professora Horgan é copesquisadora na missão Mars 2020, que vai coletar amostras minerais em Marte e levá-las para Terra para buscar evidências de ambientes habitáveis e de vida no passado do planeta.
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