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Moro diz que quer continuar participando do debate público, mas evita falar em candidatura

© Folhapress / Pedro LadeiraEx-ministro da Justiça Sergio Moro
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Ao comentar sobre possível candidatura em 2022, o ex-ministro Sergio Moro disse neste domingo (5) que deseja continuar participando do debate público, mas que para isso não precisa de "cargo público". 

"O que eu posso assegurar é que eu quero continuar participando do debate público. Para tanto, eu não preciso ter um cargo, eu posso continuar falando", afirmou em entrevista para a GloboNews. 

Além disso, o ex-juiz apontou nomes que considera fortes para disputar as eleições presidenciais de 2022. Ele citou o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, o governador de São Paulo, João Doria, e o apresentador Luciano Huck. 

"Tem bons nomes para candidatos. Tem o Luciano Huck, o governador de São Paulo, João Doria, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, que, inclusive, fez um trabalho fenomenal, foi um personagem que cresceu na crise. Não faltam candidatos, o país tem bons nomes", opinou. 

Paralelo entre PT e Bolsonaro

Moro não citou nenhum político de partidos de esquerda e fez um paralelo entre o PT e o presidente Jair Bolsonaro, que, segundo o ex-juiz, deveriam reconhecer erros. 

"É muito difícil avançar se não olhar para trás e corrigir seus erros. O presidente também tem esse lado que erra ao negar a pandemia. Não que não tenha feito coisas positivas. O PT tem esse lado que acha que não aconteceu o mensalão, que não houve crimes na Petrobras, que a culpa disso é minha. Uma forma de recuperar a confiança é reconhecer o que fez de errado no passado", disse Moro. 

Em seguida, afirmou que não queria permanecer como "enfeite" no governo Bolsonaro e que precisava ser fiel aos seus princípios. 

"Entrei no governo e, quando percebi que não tinha condições de cumprir a agenda que defendo, não ia ficar lá de enfeite. Tenho que ser fiel aos meus princípios. Pode ter coisas que até me arrependo. Se o PT quiser ser competitivo, tem que reconhecer os erros do passado", completou. 

Ao renunciar ao cargo de ministro da Justiça, Moro criticou interferência de Bolsonaro na Polícia Federal e, em gesto inesperado, elogiou a independência que havia no órgão durante o governo do PT. 

PGR X Lava Jato

Sergio Moro também comentou a atual crise entre a Procuradoria-Geral da República e a Lava Jato. 

"Não tem nada a esconder na Lava Jato. Tem que tomar cuidado com certas afirmações para evitar que se façam acusações levianas contra a força-tarefa em Curitiba. Mas acho que é algo plenamente superável, desde que seja tratado com seriedade", afirmou.

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