O Conselho das Aldeias Waiãpi-Apina informou, em nota, que o cacique Emyra Waiãpi foi morto de forma violenta na última segunda-feira na aldeia Waseity.
A morte do líder, no entanto, não foi testemunhada por nenhum índio da etnia e só foi percebida na manhã de terça-feira. Segundo a nota, na sexta-feira, os moradores da aldeia Yvytotô se depararam com um grupo de índios não armados e avisaram as demais aldeias pelo rádio. À noite, os invasores entraram na aldeia e se instalaram em uma das casas, ameaçando os índios, que fugiram para outras aldeias da região.
Atualização sobre o ataque à Terra Indígena Wajãpi: as forças de Segurança já estão se dirigindo para o local! Agradecemos ao @governodoamapa , ao @mpeap e ao @exercitooficial pelo auxílio ao @MPF_AP e a @policiafederal . #SOSWajãpi pic.twitter.com/eVtZvymBEF
— Randolfe Rodrigues (@randolfeap) July 28, 2019
A Fundação Nacional do Índio (Funai) também emitiu uma nota e informou ter acionado as autoridades competentes no sábado, assim que soube da ocorrência. O órgão, vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, enviou uma equipe para o local de difícil acesso. Equipes da Polícia Federal (PF) e do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar do Amapá, também estão na região para apurar o ocorrido, informou Agência Brasil.
Hoje (28), após a chegada de servidores da Funai, da Polícia Federal e do BOPE, foi aberto inquérito para apuração da morte de um cacique que foi a óbito na semana passada. Assim que tivermos informações oficiais sobre o caso, atualizaremos .https://t.co/JlMaPGw1M7
— Funai (@funaioficial) July 28, 2019
A Procuradoria do Ministério Público Federal (MPF) no estado instaurou uma investigação criminal para apurar a morte do indígena Waiãpi.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o coordenador indígena do município Kurani Waiãpi relata que, segundo os Waiãpi, ao menos 50 garimpeiros fortemente armados estavam acampados já há alguns dias próximo à aldeia Mariry, no interior da terra indígena.
O caso ganhou repercussão na internet e usuários e personalidades cobraram um posicionamento do governo.
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