Roubo do século
O maior ataque cibernético norte-coreano foi realizado em setembro de 2016, quando a rede interna do comando militar sul-coreano foi infectada por um vírus informático. O Ministério da Defesa da Coreia do Sul confirmou a informação só em maio passado. Durante o ataque foram roubados cerca de 235 gigabytes de dados militares, uma quantidade equivalente a 15 milhões de páginas de documentos.
Os hackers norte-coreanos conseguiram inserir um código malicioso no software fornecido pela empresa de segurança informática do Exército da Coreia do Sul, comunicou Lee Cheol-hee, advogado do Partido Democrata da Coreia do Sul.Pronta para agir
"Pyongyang estava se preparando para um ataque cibernético massivo desde os anos noventa", sublinhou Jang Se-yul. Os norte-coreanos "estão mais do que prontos para destruir a infraestrutura" dos seus vizinhos do Sul "assim que Kim Jong-un der luz verde", acrescentou o analista norte-coreano.
Jang se formou pela Universidade Militar Mirim em Pyongyang, onde ele era especialista em software de simulação para o exército e "penetração em sistemas informáticos inimigos".
Além disso, este especialista promoveu a assistência a outros desertores da Coreia do Norte através de uma ONG.Identidades falsas
O informático fugido afirma ter mantido contatos com seus antigos colegas norte-coreanos, os "hackers" leais a Kim Jong-un, que operam da cidade chinesa de Shenyang e que se escondem sob a identidade de programadores independentes.
"Meus antigos amigos da universidade que agora estão à frente de equipes cibernéticas norte-coreanas dizem que hackear as instituições é muito fácil", afirma Jang. "A única coisa que necessitam para fazer a Coreia do Sul mergulhar no caos total é ativar os vírus informáticos que eles antes prepararam", concluiu o analista.
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