Ao mesmo tempo, o porta-voz americano deixou claro que "os EUA pretendem proteger seus interesses nacionais nessa região".
Em resposta a essa declaração dos EUA, a porta-voz da chancelaria chinesa, Hua Chunying, anunciou na terça-feira (24) que as ações chinesas no mar do Sul da China são legítimas e que Pequim possui a soberania incontestável sobre as ilhas e aquatórios do mar.
Segundo Chunying, a postura da China em relação ao mar do Sul da China é clara, persistente e não mudou:
"A China é fiel às negociações de paz com os países respectivos [da região]", frisou.
Segundo ela, a China defende a liberdade da navegação marítima e aérea no mar do Sul da China com base no direito internacional. De acordo com Chunying, os EUA não são participantes diretos das negociações quanto ao mar do Sul da China. Por isso Pequim pede para Washington observar seus compromissos e respeitar os esforços dos países da região na manutenção de paz e estabilidade, ressalta a porta-voz da chancelaria chinesa.Shen Shishun, diretor do Centro de Estudos do Sul do Pacífico, parte integrante do Instituto de Problemas Internacionais da China, expôs à Sputnik China a sua visão do problema em torno do mar do Sul da China.
Segundo ele, os EUA não têm pertinência territorial a este mar e não são parte do conflito:
"Durante muito tempo os EUA, através de pretextos da defesa dos princípios da navegação livre, interviram-se no problema do mar do Sul da China e até provocaram vários países da ASEAN, trazendo dor de cabeça para a China e limitando seu desenvolvimento", destaca.
O especialista chinês defende a mesma opinião de Chunying sobre a permanência e incontestabilidade da postura da China em relação aos territórios no mar do Sul da China, mas acrescenta:
"Esse problema deve ser solucionado pelas partes que têm a ver com isso. Qualquer interferência vinda de um país que não tem relação a essa questão em termos territoriais, dificultará a situação na região", destaca Shishun.
Ao mesmo tempo, o especialista destaca que a interferência dos EUA não tem sentido, pois os países vizinhos da China não vão querer se subjugar a ordens norte-americanas. O curso político perseguido pelo presidente filipino, Rodrigo Duterte, e a recente visita das autoridades vietnamitas à China confirmam, assinala.
Em caso de ações provocatórias, a China poderá tomar medidas duras de resposta ao defender a sua soberania territorial, conclui.
A China e uma série de países da região, entre eles, Japão, Vietnã e Filipinas, divergem-se quanto às fronteiras e zonas de responsabilidade no mar do Sul da China e no mar do Leste da China. No terceiro trimestre do ano passado, o tribunal decidiu que os territórios disputados de Spratly não são nem ilhas nem zona econômica exclusiva. A China não reconheceu a decisão tomada pelo tribunal.
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