O governo argentino anunciou nesta sexta-feira (26) que vai fabricar localmente a vacina russa Sputnik V contra a COVID-19. O anúncio ocorreu após a assinatura de um acordo que envolve os representantes do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya e dos laboratórios da Richmond, na Argentina, e da Hetero Labs Limited, da Índia.
O convênio afirma que houve um entendimento entre o Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo), que presenta o Centro Gamaleya e Richmond "com o objetivo de promover a cooperação entre as partes a fim de obter, no curto prazo, a fabricação de uma vacina contra a COVID-19 produzida na Argentina", informa o jornal La Nación.
O documento esclarece ainda que a Hetero Labs Limited participará do esforço, uma vez que a Richmond mantém "uma aliança estratégica de mais de 25 anos" com o laboratório indiano.
O referido memorando de entendimento foi assinado na cidade de Moscou por Tagir Sitdekov, em nome do RFPI e Marcelo Figueiras, presidente da Richmond. A assinatura envolve a construção de uma nova fábrica no terreno da Richmond, em Pilar, nos subúrbios ao norte de Buenos Aires, Argentina. A construção da fábrica incluirá os processos de desenvolvimento e embalagem, além da fabricação de outras vacinas. O investimento será de US$ 70 milhões (aproximadamente R$384 milhões) a US$ 100 milhões (R$ 549 milhões) e o desenvolvimento deve levar cerca de um ano.

"Estamos muito confiantes na realização deste projeto e no aumento da capacidade de produção de vacinas em nosso país no médio prazo", afirmou Figueiras.
Sputnik na Argentina
Argentina e Rússia assinaram um primeiro contrato para aquisição de 20 milhões de doses da vacina Sputnik V. Em seguida, o ministro da Saúde argentino, Ginés González García, confirmou que o país sul-americano faria uso da opção de estender a compra para um total de 30 milhões de doses. Até o momento, a Argentina já recebeu mais de um milhão de doses da vacina.
A Argentina foi um dos países mais impactados pela pandemia na região. Até quinta-feira (25), o país registrava 2.093.645 casos de COVID-19 e 51.795 mortes desde a detecção do primeiro contágio no país sul-americano.
Segundo dados do Ministério da Saúde argentino, 594.542 pessoas receberam a primeira dose da vacina em todo o país e 278.046 as duas doses necessárias contra o SARS-CoV-2.
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