"Os perpetradores foram bem-sucedidos em pegar o governo com a guarda baixa e desprevenido", afirmou Biden em 22 de dezembro durante coletiva de imprensa em Wilmington, no estado de Delaware (EUA).
"Ainda há muitas coisas que não sabemos. Mas sabemos o seguinte: este ataque representa um grave risco para nossa segurança nacional. Foi planejado [...] e executado cuidadosamente", anunciou o democrata.
Além disso, Biden ressaltou que o ataque foi realizado com ferramentas cibernéticas "sofisticadas". No entanto, o presidente eleito também notou que ainda há muitos fatos desconhecidos sobre o alcance de danos causados pelo ataque.
Biden acrescentou que os envolvidos estrangeiros organizadores passaram um ano trabalhando no ciberataque, e acusou o governo de Donald Trump de ter fracassado ao desconsiderar a cibersegurança.
"A verdade é que o governo de Trump não deu prioridade à cibersegurança. Este ataque ocorreu sob a supervisão de Donald Trump, enquanto ele não observava", contou Biden.
"Quando soubermos a dimensão do dano e tivermos certeza de quem é formalmente responsável, [os perpetradores] poderão estar seguros de que vamos responder da mesma maneira", assegurou o político, adicionando que está considerando "muitas opções" para uma resposta.
Além do mais, Joe Biden contou aos jornalistas que "nada sugere que a situação esteja sob controle", e apelou à comunidade internacional para elaborar regras que estabeleçam "um comportamento adequado em termos de cibersegurança".
"Temos que apelar a nossos aliados e amigos para exigir responsabilidades a qualquer um que quebre estas regras básicas", concluiu Biden.
Em 13 de dezembro, a Agência de Cibersegurança e Infraestrutura (CISA, na sigla em inglês) dos EUA informou que instituições de governos municipais e estaduais e do próprio governo federal, bem como infraestruturas principais e entidades privadas, enfrentaram uma grave ameaça, como resultado de meses de ciberataques por parte de um agente avançado e persistente.
Funcionários do governo, incluindo o secretário de Estado Mike Pompeo, afirmaram que os perpetradores possuem ligações aos serviços de informações russos, mas não forneceram quaisquer provas.
Donald Trump, por sua vez, disse que a China, em vez da Rússia, poderia estar por trás dos ataques, ressaltando ainda que mídias exageraram.