Durante um evento de arrecadação de fundos on-line em 24 de abril, Biden garantiu que Trump faria tudo o que pudesse para adiar a realização do pleito, como uma forma de aumentar as suas chances de vitória em um ano de pandemia da COVID-19 e forte retração da economia estadunidense.
"Acordem para o que eu estou dizendo a vocês: acho que ele vai tentar adiar as eleições, de uma maneira ou de outra, e encontrar razões para que não aconteçam na data prevista", afirmou Biden, que foi vice do ex-presidente norte-americano Barack Obama, antecessor de Trump.
Na mesma ocasião, Biden declarou que o presidente "fará todo o possível para dificultar as pessoas de irem votar", mencionando uma ameaça que Trump fazia à época de vetar um financiamento de emergência para os serviços postais.
Nesta quinta-feira (30), Trump usou a sua página no Twitter para sugerir o adiamento das eleições – medida que o Executivo não tem o poder de impor, dependendo de um apoio do Congresso dos EUA para isso –, questionando a lisura do pleito justamente por conta dos votos pelos Correios – sem apresentar provas das suas acusações.
"Com a votação universal por correio (não a votação ausente, o que é bom), 2020 será a eleição mais imprecisa e fraudulenta da história. Será um grande embaraço para os EUA", escreveu Trump. "Atrase a eleição até que as pessoas possam votar de maneira adequada, segura e protegida".

A ideia do republicano se dá quando os EUA vivem uma das maiores crises de uma geração - com mais de 150 mil mortos na pandemia do novo coronavírus, protestos em todo o país contra a violência policial e o racismo, e pela manhã o país relatou sua pior contração econômica desde o Grande Depressão.
Os Estados Unidos realizam eleições há mais de 230 anos, inclusive durante a Guerra Civil, a Grande Depressão e duas guerras mundiais. A Segunda Emenda da Constituição dos EUA dá ao Congresso o poder de definir o calendário das eleições, e a 20ª Emenda encerra o mandato de um presidente e um vice-presidente em 20 de janeiro após uma eleição geral.
A representante democrata dos EUA, Zoe Lofgren, que preside o comitê da Câmara que supervisiona a segurança das eleições, já rejeitou a ideia de um atraso.
"Sob nenhuma circunstância consideraremos fazê-lo para acomodar a resposta inepta e aleatória do presidente à pandemia de coronavírus, ou dar credibilidade às mentiras e desinformação que ele espalhar sobre a maneira pela qual os americanos podem votar com segurança", afirmou ela.
Pesquisas de opinião nos EUA apontam a liderança de Biden sobre Trump, faltando pouco mais de três meses para a votação.
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