Paulo Coelho: Bolívia está na 'mira de rifles de uma elite inescrupulosa e sem vergonha'

© Sputnik / Sergei ZhukovPaulo Coelho durante encontro com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Novo-Ogaryovo
Paulo Coelho durante encontro com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Novo-Ogaryovo - Sputnik Brasil
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O escritor brasileiro Paulo Coelho se manifestou sobre a atual situação da Bolívia e sobre o povo boliviano que toma as ruas contra o golpe de Estado, denunciando a repressão das Forças Armadas contra manifestantes.

Em comunicado no Twitter neste sábado (16), o romancista se referiu ao país andino como um grande povo com uma cultura incrível, além de denunciar o silêncio das mídias internacionais diante da situação nas ruas bolivianas após a renúncia do ex-presidente Evo Morales.

A publicação foi acompanhada de um vídeo no qual a polícia abre fogo contra civis para impedir a continuação de uma marcha pacífica.

​Bolívia: grande país, grande povo, uma cultura incrível, agora na mira dos rifles de uma elite inescrupulosa e sem vergonha. E o que é pior: o silêncio dos principais meios de comunicação internacionais

Cena horrível em Sacaba hoje, depois que a polícia boliviana decidiu abrir fogo sobre civis, matando 4 pessoas na tentativa de impedir uma enorme marcha pacífica de chegar a Cochabamba. Mães chorando imploram a eles: "Parem de disparar! Por favor!". "Elas estavam voltando para casa do trabalho!", diz outro

As palavras do escritor foram respondidas por Morales, que agradeceu sua solidariedade e apoio.

​Agradeço de todo o coração ao irmão Paulo Coelho pelas suas palavras de solidariedade e apoio à luta pacífica do nosso povo pela recuperação da paz social com democracia e pelo fim dos crimes contra a humanidade cometidos pelo golpe de Estado na Bolívia

A situação da Bolívia se agravou drasticamente após o anúncio da vitória de Morales no primeiro turno das eleições da Bolívia e o não reconhecimento do resultado por parte da oposição, que classificou o pleito como fraude.

Em meio aos violentos protestos que tomaram conta do país, o ex-presidente boliviano anunciou a renúncia após a exigência das Forças Armadas da Bolívia. Os poderes presidenciais foram temporariamente transferidos para a segunda vice-presidente do Senado, da oposição, Jeanine Áñez.

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