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'Não quero as Forças Armadas nas favelas brigando com bandido… não é o papel delas', dispara Lula

© AFP 2023 / Evaristo SaLuiz Inácio Lula da Silva durante a cerimônia de lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no Palácio do Planalto, em Brasília, em 27 de setembro de 2023
Luiz Inácio Lula da Silva durante a cerimônia de lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no Palácio do Planalto, em Brasília, em 27 de setembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 27.10.2023
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"Não quero as Forças Armadas nas favelas brigando com bandido… não é o papel delas", disparou nesta sexta-feira (27) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A declaração foi dada durante um café da manhã realizado no Palácio do Planalto, com jornalistas que participam da cobertura da Presidência. Uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO) foi descartada.

"Esta semana tive reunião com os três comandantes das Forças Armadas e com o ministro [da Defesa] José Múcio para discutir uma participação deles no Rio de Janeiro. Eu não quero as Forças Armadas nas favelas brigando com bandido. Não é esse o papel das Forças Armadas, e, enquanto eu for presidente, não tem GLO", declarou Lula.

"Eu fui eleito para governar este país e vou governar este país. O que eu determinei é que a Aeronáutica pode reforçar o policiamento nos aeroportos; a Marinha, nos portos brasileiros", continuou.
Jornalistas se reúnem em frente à Delegacia de Homicídios da Capital, da Polícia Civil. Rio de Janeiro (RJ), 5 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 26.10.2023
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Suspeito de ser chefe de milícia é baleado durante ação da Polícia Civil no Rio
Questionado por jornalistas sobre os planos do governo para normalizar as relações entre civis e militares, após o crescimento da participação militar no governo durante a gestão Jair Bolsonaro, o presidente negou que pretenda "intervir" nas forças para reduzir essa tensão.

"Acho que a palavra 'intervenção' não é a mais correta. O que nós estamos fazendo é tentando mostrar para a sociedade brasileira que militar não é melhor que civil e civil não é melhor que militar. Que os dois são brasileiros, estão subordinados a uma Constituição, cada instituição tem sua função", retrucou.

Rio de Janeiro (RJ), 06/10/2023 - O secretário-executivo do ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, e governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, falam com a imprensa após reunião no Palácio Guanabara. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil - Sputnik Brasil, 1920, 25.10.2023
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Grupo de trabalho buscará asfixiar poder de milícias no Rio, diz secretário do Ministério da Justiça

Relembre o caso

Em trabalho conjunto, o governo do estado do Rio de Janeiro e o Ministério da Justiça e Segurança Pública buscam investigar a lavagem de dinheiro de organizações criminosas que atuam no território, a exemplo das milícias que promoveram atentados na última segunda-feira (23) na Zona Oeste da cidade do Rio.
Segundo o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, o objetivo da ação é asfixiar financeiramente os grupos.

''É importante prender líderes de organizações criminosas? Claro que sim. Isso resolve o problema? Claro que não. Precisamos quebrar a espinha dorsal do crime, asfixiando as estruturas financeiras e reduzindo o seu potencial ofensivo. É nisso que estamos trabalhando. Todos os dias'', escreveu o secretário na tarde de quarta-feira (25), por meio da rede social X (antigo Twitter).

O grupo de trabalho terá participação de representantes de instituições de segurança e controle financeiro, como a Fazenda Estadual, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), a Secretaria Nacional de Segurança Pública, entre outros. O trabalho será coordenado pela Casa Civil do governo do Rio. Interceptar a lavagem de dinheiro desses grupos é considerado um ponto importantíssimo pelo governador, Cláudio Castro (PL).
''Na semana que vem, esse grupo de trabalho já deve estar instituído, começando a funcionar e dando continuidade a um trabalho que já vinha sendo desenvolvido. Queremos dar um resultado perene, que funcione, que asfixie essas máfias e permita dar uma vida melhor para nosso povo'', afirmou o governador do Rio.
Na terça-feira (24), o líder de um grupo miliciano foi preso.

Começo de tudo

Os moradores e transeuntes que precisaram passar pela Zona Oeste do Rio na última segunda-feira sofreram um pouco mais do que o normal. Após o assassinato de um miliciano, pessoas não identificadas atearam fogo em 35 ônibus e 1 trem da região.
Queima de ônibus no Rio - Sputnik Brasil, 1920, 23.10.2023
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Morte de sobrinho de miliciano causa queima de mais de 30 ônibus no Rio de Janeiro (VÍDEOS)
Além da queima de veículos de transporte público, vias foram interditadas.

Terrorismo

Durante uma coletiva realizada no mesmo dia, Cláudio Castro, afirmou que os presos pelos ataques responderão como terroristas. "Eles estão presos por ações terroristas e, por isso, estarão sendo enviados para presídios federais", afirmou.

Morte de sobrinho de miliciano

Matheus Rezende, sobrinho do miliciano Zinho, foi atingido por disparos durante confronto com a Polícia Civil na comunidade Três Pontes, na Zona Oeste.
O confronto envolveu policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE). Agentes da Polinter também foram ao local.
Segundo a polícia, Matheus era apontado como o segundo na hierarquia da milícia da região. Faustão, como é conhecido, é o terceiro da família a morrer em confrontos com a Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Cláudio Castro em pronunciamento no Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro (RJ). Brasil, 6 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 06.10.2023
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Rio de Janeiro: execução de assassinos de médicos não vai travar investigação, diz Cláudio Castro
Em 2017, Carlos Alexandre da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes, morreu em operação da Delegacia de Homicídios da Capital. Em junho de 2021, foi a vez do miliciano Wellington da Silva Braga, de 34 anos, conhecido como Ecko. Ambos eram irmãos de Zinho, que assumiu o comando da organização criminosa quando o último morreu.
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