Morte de sobrinho de miliciano causa queima de mais de 30 ônibus no Rio de Janeiro (VÍDEOS)

Os moradores e transeuntes que precisarem passar pela Zona Oeste do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (23) vão sofrer um pouco mais do que o normal. Após o assassinato de um miliciano, pessoas não identificadas atearam fogo em 35 ônibus e 1 trem da região, segundo o canal de notícias GloboNews.

Além da queima de veículos de transporte público, há informações de que vias estão interditadas.

Matheus Rezende, sobrinho do miliciano Zinho, foi atingido por disparos durante confronto com a Polícia Civil na comunidade Três Pontes, na Zona Oeste.

Segundo a concessionária que administra o transporte na região, estão rodando apenas as linhas 13 (Alvorada × Mato Alto – Expresso), 25 (Alvorada × Mato Alto – Parador) e 22 (Jardim Oceânico × Alvorada – Parador).

Matheus da Silva Rezende, conhecido como Teteu e Faustão, é sobrinho do miliciano que controla diversos bairros na Zona Oeste do Rio.

Terrorismo

Durante uma coletiva realizada no início da noite desta segunda-feira (23), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirmou que os presos por ataques aos ônibus e outros tipos de transporte responderão como terroristas. "Eles estão presos por ações terroristas e, por isso, estarão sendo enviados para presídios federais", afirmou o chefe de Estado.

Morte de sobrinho de miliciano

O confronto envolveu policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE). Além da Core, agentes da Polinter estão no local.

Segundo a polícia, Matheus era apontado como o segundo na hierarquia da milícia da região. Faustão, como é conhecido, é o terceiro da família a morrer em confrontos com a Polícia Civil do Rio.

Em 2017, Carlos Alexandre da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes, morreu em operação da Delegacia de Homicídios da Capital. Em junho de 2021, foi a vez do miliciano Wellington da Silva Braga, de 34 anos, conhecido como Ecko. Ambos eram irmãos de Zinho, que assumiu o comando da organização criminosa quando o último morreu.