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Sobe para 20 número de jornalistas mortos na Faixa de Gaza, diz mídia palestina

© AP Photo / Hatem AliPalestinos tentam salvar pessoas que ficaram feridas após bombardeio israelense em área residencial na Faixa de Gaza. Rafah, 23 de outubro de 2023
Palestinos tentam salvar pessoas que ficaram feridas após bombardeio israelense em área residencial na Faixa de Gaza. Rafah, 23 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 23.10.2023
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Os intensos bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza já deixaram pelo menos 20 jornalistas mortos só na região, aponta a agência de notícias palestina WAFA. Nesta segunda-feira (23), o jornalista Mohammed Imad Labad morreu na cidade de Gaza depois de um ataque aéreo próximo a sua casa.
O conflito entre Israel e Hamas se concentra no território e foi iniciado no dia 7 de outubro, após ataques surpresa do movimento que driblaram o sistema de defesa antimísseis e atingiram diversas cidades. A organização sem fins lucrativos Comitê de Proteção a Jornalistas (CPJ) já estima que ao menos 21 profissionais foram mortos na cobertura dos embates no Oriente Médio. A maioria era palestina e ainda há outros três israelenses e um libanês.
Outros oito jornalistas ficaram feridos e três estão desaparecidos. "O CPJ também está investigando relatos não confirmados de outros jornalistas mortos, desaparecidos, detidos, feridos ou ameaçados, e de danos a redações de veículos de imprensa e a casas de jornalistas", frisou a entidade.
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No início do mês, o jornalista e cinegrafista da agência de notícias Reuters, Issam Abdallah, morreu enquanto trabalhava no sul do Líbano. Ele fazia a manutenção do sinal de vídeo ao vivo quando foi atingido por disparos israelenses. Na época, a agência se manifestou por nota e lamentou o ocorrido. "Estamos buscando urgentemente mais informações", alegou. O momento chegou a ser registrado ao vivo e outros dois jornalistas ficaram feridos.
Mais de seis mil pessoas foram mortas por conta do conflito e pelo menos 14 mil palestinos ficaram feridos. Os hospitais da Faixa de Gaza já estão em colapso, segundo a ONU, e a região segue bloqueada por terra, mar e água por Israel. A ajuda humanitária só começou a chegar no último sábado (21), após 15 dias de embates e bombardeios intensos.

Cidades do norte são as mais atingidas

Área mais populosa da Faixa de Gaza, a região norte é a mais atingida pelos bombardeios e, na última semana, Israel chegou a determinar uma evacuação de mais de um milhão de pessoas em 24 horas. A medida gerou críticas da comunidade internacional.
Na terça-feira (23), ainda noite de segunda no Brasil, pelo menos 28 pessoas morreram na cidade de Gaza depois que aviões de guerra israelenses dispararam três mísseis contra casas no acampamento Al-Shat e também na cidade de Beit Lahia. Mulheres e crianças estão entre as vítimas.
Ainda há registros de 53 pessoas mortas, incluindo crianças, por conta de bombardeios de aviões israelenses contra as cidades de Khan Younis e Rafah, na porção sul da Faixa de Gaza, informou a rede de televisão Al Jazeera, citando uma fonte médica.
Até o momento, já foram bombardeadas 31 mesquitas pelas Forças de Defesa de Israel, com dezenas de mortos e um cenário de intensa destruição.
No domingo (22), cerca de 30 pessoas morreram após o campo de refugiados de Jabalia ser atingido por um ataque aéreo israelense, a maioria mulheres e crianças. "Trinta corpos, a maioria deles pertencentes a mulheres e crianças, foram recuperados dos escombros de edifícios bombardeados no campo de refugiados de Jabalia, em Gaza, disse uma unidade de defesa civil", disse rede de televisão Al Jazeera.
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Histórico do conflito

Em 29 de novembro de 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas votou a criação de dois Estados — um judeu e um árabe — na margem ocidental do rio Jordão, ao mesmo tempo em que Jerusalém manteria o status de zona internacional. Em 14 de maio de 1948, Israel declarou sua independência.
Imediatamente depois, Egito, Síria, Jordânia, Líbano e Iraque começaram uma guerra contra o Estado recém-formado. Durante a Guerra dos Seis Dias (1967), Israel ocupou a Faixa de Gaza e a Cisjordânia (margem ocidental do rio Jordão), incluindo Jerusalém Oriental. Surgiram as colônias de judeus em terra palestina, levando ao deslocamento em massa de palestinos.
Após a Primeira Intifada (manifestação de resistência dos palestinos contra as autoridades israelenses nos territórios ocupados, que durou de 1987 a 1993), foi assinado o acordo de paz de Oslo. Foi um período de transição de cinco anos. Era para começar com a redistribuição de tropas israelenses da Faixa de Gaza e Cisjordânia e terminar com a determinação do status final dos territórios palestinos.
Em 2005, Israel, unilateralmente, sem qualquer acordo político, retirou-se completamente da Faixa de Gaza. Em 25 de janeiro de 2006, eleições legislativas foram realizadas pela segunda vez. Duas organizações se destacaram: o Hamas ganhou a maioria dos assentos (80), enquanto o Fatah levou 43 assentos no Conselho Legislativo Palestino.
O Hamas assumiu o controle total do território de Gaza, depois de expulsar a maioria dos ativistas do Fatah (que não era mais governo).
Em 29 de novembro de 2012, a Palestina recebeu o status de Estado observador nas Nações Unidas, evento que é amplamente considerado o reconhecimento de fato do Estado palestino pela comunidade internacional.
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