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Presidente do Parlamento canadense 'lamenta' homenagem a veterano ucraniano de divisão SS nazista

© AFP 2023 / Sean Kilpatrick/PoolPresidente ucraniano, Vladimir Zelensky (à esquerda), e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau (à direita, de perfil), no Parlamento canadense
Presidente ucraniano, Vladimir Zelensky (à esquerda), e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau (à direita, de perfil), no Parlamento canadense - Sputnik Brasil, 1920, 25.09.2023
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Depois de sua viagem aos EUA, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky partiu para o Canadá, onde, junto com o premiê canadense Justin Trudeau e dezenas de parlamentares do país, homenageou um veterano de guerra nazista que lutou contra a União Soviética.
Yaroslav Hunka, ex-comandante de uma divisão nazista, lutou na Segunda Guerra Mundial contra as tropas soviéticas.
Segundo reconhece o próprio Yaroslav Hunka, de 98 anos, falando à agência de notícias AP, ele lutou na 1ª Divisão Ucraniana antes de emigrar para o Canadá.
Esse grupo também é conhecido como 14ª Divisão de Granadeiros da Waffen SS Galizien, formada principalmente por voluntários ucranianos da região da Galícia.
Após o polêmico evento na Câmara dos Comuns do Canadá, Trudeau disse que nem ele nem a delegação de Zelensky tinham conhecimento prévio do convite e dos planos do Parlamento de homenagear o ex-comandante nazista, que foi convidado pelo presidente da Câmara, Anthony Rota. O incidente foi fortemente criticado pela comunidade judaica.
Trudeau não assumiu a responsabilidade pelo escândalo e não pediu desculpas, mas saudou o pedido de desculpas de Anthony Rota.

"Na sexta-feira, 22 de setembro, em meu pronunciamento após o discurso do presidente da Ucrânia, eu saudei uma pessoa nas galerias", disse Rota em um comunicado no domingo (24). "Posteriormente, tomei conhecimento de mais informações, o que me fez arrepender da minha decisão"

Líder da oposição canadense exige que Trudeau se desculpe

Pierre Poilievre, o líder da oposição, exigiu um pedido de desculpas pessoal do primeiro-ministro Justin Trudeau por convidar e aplaudir um idoso nacionalista ucraniano das Waffen SS.
Poilievre afirmou que o serviço de protocolo do chefe do governo foi responsável pela seleção de convidados para a reunião de sexta-feira (22), por ocasião da visita de Zelensky, e nenhum dos parlamentares poderia saber sobre o "passado sombrio" de Hunka.
"Trudeau deve pedir pessoalmente desculpas e não culpar os outros como ele costuma fazer", escreveu Poilievre na rede social X (antigo Twitter).
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Decisão polêmica

A organização de direitos humanos Friends of Simon Wiesenthal Center, dedicada a programas de educação do Holocausto e contra o antissemitismo, disse que foi "incrivelmente perturbador ver o Parlamento do Canadá se levantar e aplaudir um indivíduo que foi membro de uma unidade na Waffen SS – um ramo militar nazista responsável pelo assassinato de judeus e pessoas de outras nacionalidades e que foi declarada uma organização criminosa durante os Julgamentos de Nuremberga".
A organização acrescentou que "não deve haver confusão" e dúvidas de que a unidade onde Hunka serviu foi responsável por matar civis "com um nível de brutalidade e rancor inimagináveis".
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