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Sem consenso no país, Japão planeja despejar água da usina nuclear de Fukushima no oceano

© AP Photo / Hiro KomaeA usina nuclear de Fukushima Daiichi fica nas cidades costeiras de Okuma e Futaba, vista do porto de pesca de Ukedo na cidade de Namie, nordeste do Japão, quarta-feira, 2 de março de 2022
A usina nuclear de Fukushima Daiichi fica nas cidades costeiras de Okuma e Futaba, vista do porto de pesca de Ukedo na cidade de Namie, nordeste do Japão, quarta-feira, 2 de março de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 23.08.2023
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O governo do Japão anunciou a sua intenção de iniciar o despejo de água tratada da usina nuclear de Fukushima se as condições meteorológicas o permitirem.
No início desta semana, o ministro japonês da Economia, Comércio e Indústria, Nishimura Yasutoshi, participou de um evento de degustação de frutos do mar de todo o país, inclusive da região de Tohoku, que foi afetada pelo terremoto e acidente na usina de Fukushima. O ministro prometeu fortalecer o monitoramento da qualidade dos produtos locais e fazer esforços para aumentar as vendas e o consumo.
Entretanto, o otimismo do governo não é compartilhado por todos – cientistas, pescadores, organizações sociais, bem como países vizinhos, afirmam que o processo de tomada de decisão não é transparente, não levando em conta as opiniões das partes interessadas.

Não há consenso mesmo dentro do país

Desde que os planos do governo para verter água tratada se tornaram conhecidos, as organizações sociais têm apelado ao abandono do despejo da água no oceano e a consideração de opções alternativas, por exemplo, a seleção de áreas de armazenamento adicionais para tanques de água. Assim, a Associação Pública de Energia Atômica, apesar das exortações da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre a segurança da água descarregada, continua a insistir em sua "Declaração Urgente de 23 de Agosto" na ineficácia do método de tratamento ALPS e da duração do processo de descarga, que, segundo a empresa operadora de Fukushima-1, TEPCO, pode levar mais de 30 anos.
Reator nuclear Nº 5, no centro-esquerda, e reator 6 por trás de tanques com água tratada, mas ainda radioativa, na usina nuclear de Fukushima Daiichi, na cidade de Okuma, prefeitura de Fukushima, nordeste do Japão - Sputnik Brasil, 1920, 09.07.2023
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Além disso, a organização pública considera que os custos do despejo, já de si ecologicamente insustentável, foram excecionalmente altos – um total de 120 bilhões de ienes (cerca de R$ 4 bilhões), incluindo os custos de tratamento, construção de túneis subaquáticos, despesas relacionadas com danos à reputação e apoio aos pescadores.

Receios dos países vizinhos

China, Coreia do Sul e Rússia têm expressando suas preocupações com o despejo da água. Em geral, Tóquio é criticada por tomar tal decisão sozinha, sem consultas apropriadas. No início de agosto, a chancelaria da China informou que os países enviaram seus questionários técnicos para Tóquio.

Opinião dos especialistas

No Instituto da Radioatividade Ambiental da Universidade de Fukushima expressaram a confiança na segurança da água com base em pesquisas. Especialistas do instituto também analisaram a segurança dos frutos do mar, dizendo que não veem obstáculos à sua venda no mercado. O principal problema, mais uma vez, é simplesmente manter o público bem informado.
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