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Crise energética: Alemanha pede que cidadãos economizem energia, fluxo de gás ainda é incerto

© AFP 2023 / JOHN MACDOUGALLUm helicóptero sobrevoa o terminal de gasoduto Nord Stream antes de uma cerimônia inaugural para o primeiro gasoduto de 1.224 quilômetros de Nord Stream através do mar Báltico, em Lubmin, 8 de novembro de 2011
Um helicóptero sobrevoa o terminal de gasoduto Nord Stream antes de uma cerimônia inaugural para o primeiro gasoduto de 1.224 quilômetros de Nord Stream através do mar Báltico, em Lubmin, 8 de novembro de 2011 - Sputnik Brasil, 1920, 16.06.2022
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Na medida em que Itália, Áustria e Eslováquia já constatam redução na oferta de gás, vice-chanceler alemão alerta para a crise.
Segundo o Financial Times, Berlim fez um apelo aos cidadãos da maior economia da União Europeia (UE) para economizar energia. Na medida em que os países ocidentais se recusam a cumprir as regras estabelecidas por Moscou para que o fornecimento de gás seja mantido, o fluxo para Europa vai se tornando cada vez mais limitado.
O vice-chanceler da Alemanha, Robert Habeck, disse que a situação é "séria" e que "agora é a hora" de empresas e cidadãos comuns economizarem energia e armazenarem gás. "Cada quilowatt-hora ajuda nessa situação", disse a autoridade em apelo publicado no Twitter nesta quinta-feira (16).
A Gazprom, gigante russa exportadora de gás, cortou os fluxos através do gasoduto Nord Stream (Corrente do Norte), que corre sob o mar Báltico até a Alemanha, em 60% nos últimos dias, por conta de problemas técnicos. A Alemanha afirma que a medida é política.
Nesta quinta-feira, a maior empresa de fornecimento de energia da Alemanha, RWE, relatou fluxos reduzidos de gás, enquanto na Itália os fluxos foram reduzidos em 15% na quarta-feira (15), caindo para 30% nesta quinta, de acordo com a empresa italiana de energia Eni. No caso austríaco, a empresa de energia OMV disse ter sido informada pela Gazprom que os volumes de entrega seriam cortados.
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Os cortes de fornecimento russos ocorreram quando os líderes da Alemanha, Itália e França visitaram Kiev na quinta-feira em uma demonstração de apoio ao governo da Ucrânia, quase quatro meses após a invasão da Rússia.
Políticos da UE acusaram a Rússia de instrumentalizar sua posição como um dos maiores produtores de petróleo e gás do mundo em face do conflito na Europa, mas não mencionaram que a decisão de sancionar Moscou pela operação militar especial russa na Ucrânia foi dos EUA e da própria união. Como consequência às sanções, o Kremlin modificou as regras para a compra de energia – que atualmente só pode ser feita na moeda russa – em uma difícil, porém necessária, decisão para a economia do país.
Os preços do gás na Europa, que já estão perto de níveis recordes, subiram mais de 70% esta semana em resposta às últimas restrições no fornecimento, chegando a € 146 (cerca R$ 772) por megawatt-hora na quarta-feira – um ganho de quase 30% no dia.
Moscou culpou pela redução nos fluxos de gás para a Alemanha problemas técnicos com o gasoduto Nord Stream, depois que o equipamento de bombeamento, fornecido pela alemã Siemens Energy, foi retido por sanções canadenses na sequência de ter seguido para manutenção em uma fábrica em Montreal. Apenas cerca de 67 milhões de metros cúbicos de gás estão sendo bombeados pelo Nord Stream – 40% de sua capacidade técnica total.
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Nesta quinta-feira, o enviado da Rússia à UE, Vladimir Chizhov, alertou que mais problemas com os reparos podem levar ao fechamento completo do oleoduto.
"Deve-se perguntar à Siemens por que eles tiveram que enviar turbinas ao Canadá para reparos", disse Chizhov à agência de notícias RIA Novosti. "Quando todas essas turbinas forem para o Canadá para manutenção, isso pode parar. Acho que vai ser uma catástrofe para a Alemanha", concluiu.
A Siemens Energy afirma que está em busca de uma solução para o problema das turbinas. A Eni disse em comunicado que o déficit de entrega de gás da Gazprom piorou. Apesar da solicitação da empresa para que suprimentos adicionais fossem entregues para compensar o corte anterior, a Gazprom não pode aumentar tanto o volume de entrega devido a problemas em sua fábrica de Portovaya, que alimenta o Nord Stream.
Apesar da Áustria importar cerca de 80% de seu gás da Rússia, a OMV disse que mesmo com os fluxos reduzidos vai conseguir atender a demanda graças à redução do consumo durante a atual onda de calor no país. "O abastecimento dos nossos clientes está assegurado", acrescentou a empresa.
A situação, no entanto, é bastante complicada. De acordo com analistas que falaram com FT, embora os suprimentos imediatos de gás possam ser atendidos, encher o armazenamento antes do pico da demanda de inverno seria muito mais difícil se os suprimentos russos continuassem a cair.
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