Chefe do maior banco nos EUA alerta sobre chegada do 'furacão' econômico no país

O diretor-executivo da corporação financeira JP Morgan, Jamie Dimon, avisou sobre o "furacão" econômico no horizonte.

"Sabe, eu disse que há nuvens de tempestade, mas eu vou mudar [esse conceito] [...] É um furacão", afirmou o financista em uma conferência em Nova York, citado pela CNBC.

De acordo com suas palavras, a futura recessão precisa de medidas preparadas por bancos.

"É melhor se preparar. O JP Morgan está se preparando e vamos ser muito conservativos com o nosso balanço", constatou.

"Agora faz bastante sol, as coisas estão indo bem. Todos acham que a Reserva Federal pode lidar com isso. Mas aquele furacão está lá fora, vindo em nossa direção. No momento, ninguém sabe se o furacão é pequeno ou uma supertempestade [como] a Sandy", alertou.

Conforme suas avaliações, as poupanças existentes dos consumidores americanos serão suficientes para um período de seis a nove meses, posteriormente iniciando dificuldades econômicas.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) baixou em abril sua previsão de crescimento econômico dos EUA para 2022 até 3,7%, da avaliação de janeiro que correspondia a 4%. Mesmo assim, o FMI não prevê uma recessão na economia americana, mas prognostica a redução do PIB do país de 2,6%, previsto anteriormente, para 2,3%.

Segundo modelo do analista da Capital Economics, Neil Shearing, a redução econômica será observada nos Estados Unidos no segundo semestre deste ano, enquanto os setores mais vulneráveis serão a produção dos bens duráveis e de equipamento e o mercado imobiliário.