Manhã com Sputnik Brasil: destaques desta sexta-feira, 25 de fevereiro

© REUTERS / PILAR OLIVARESDescendentes de imigrantes ucranianos, que fazem parte da maior comunidade ucraniana na América Latina, participam de manifestação em apoio à Ucrânia, no Paraná, 24 de fevereiro de 2022
Descendentes de imigrantes ucranianos, que fazem parte da maior comunidade ucraniana na América Latina, participam de manifestação em apoio à Ucrânia, no Paraná, 24 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 25.02.2022
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Bom dia! A Sputnik Brasil está acompanhando os destaques desta sexta-feira (25), marcada pela repreensão de Bolsonaro a Mourão pela fala sobre situação na Ucrânia, pelos esforços da comunidade internacional em resolver a crise intensificada na Ucrânia e pelos novos bombardeios em Donbass.

Presidente Bolsonaro desautoriza Mourão por fala sobre Ucrânia

Na noite de quinta-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro desautorizou o vice-presidente Hamilton Mourão por suas declarações em relação à operação militar especial da Rússia no leste da Ucrânia. Na manhã de ontem, Mourão afirmou que o Brasil não está neutro a respeito do conflito, mas o chefe do Executivo disse que é não competência do vice: "Deixar bem claro: o artigo 84 diz que quem fala sobre esse assunto é o presidente. E o presidente chama-se Jair Messias Bolsonaro. E ponto final." Logo depois, Bolsonaro escreveu nas redes sociais que está "totalmente empenhado no esforço de proteger e auxiliar os brasileiros que estão na Ucrânia". Informou ainda que a embaixada do Brasil em Kiev permanece aberta e pronta para auxiliar cerca de 500 brasileiros no solo ucraniano. O presidente solicitou aos cidadãos que estão lá que mantenham contato diário com o governo brasileiro e prestou os contatos para casos de emergência consular de brasileiros na Ucrânia.
© REUTERS / ADRIANO MACHADOVice-presidente brasileiro, Hamilton Mourão, atrás do presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto, 11 de fevereiro de 2022
Vice-presidente brasileiro, Hamilton Mourão, atrás do presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto, 11 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 25.02.2022
Vice-presidente brasileiro, Hamilton Mourão, atrás do presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto, 11 de fevereiro de 2022

Exame/Ideia: Lula lidera intenções de voto e Bolsonaro diminui vantagem

Ontem, quinta-feira (24), foram divulgados os resultados de uma pesquisa de intenções de voto, realizada pela Exame em conjunto com o instituto Ideia. De acordo com os resultados, a menos de oito meses para as eleições presidenciais, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda lidera as pesquisas, com 42% dos votos. Porém, Jair Bolsonaro se aproxima de seu principal adversário, em comparação com sondagens anteriores, e atingiu 27%. Mesmo assim, a pesquisa aponta que o petista venceria em todos os cenários hipotéticos de segundo turno. O fundador do instituto Ideia, Maurício Moura, ressalta que o total de votação espontânea chega perto de 70%, "um índice nunca atingido nesta época do ano eleitoral". Alguns especialistas preveem ainda que a escalada do conflito na Ucrânia pode mudar o cenário de votação, pela elevação do preço dos combustíveis no país.
© Folhapress / Paulo Lisboa/Brazil Photo PressVendedor ambulante vende toalhas com fotos do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Foz do Iguaçu (PR), em 11 de fevereiro de 2022
Vendedor ambulante vende toalhas com fotos do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Foz do Iguaçu (PR), em 11 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 25.02.2022
Vendedor ambulante vende toalhas com fotos do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Foz do Iguaçu (PR), em 11 de fevereiro de 2022

Exército da Ucrânia começa novos bombardeios em Donbass

O segundo dia do conflito intensificado na Ucrânia começou com novos bombardeios de Gorlovka, na RPD, por sistemas Grad. De acordo com informação prestada pela república, nas últimas 24 horas dois soldados morreram e 12 cidadãos ficaram feridos como resultado dos bombardeios ucranianos. As forças da Ucrânia realizaram 139 bombardeios contra a RPD e utilizaram 1.715 unidades de munições. Além disso, ontem o Serviço de Fronteira da Ucrânia informou que os militares ucranianos perderam o controle sobre a ilha de Zmeiny no mar Negro. Segundo eles, a infraestrutura da ilha foi destruída após bombardeio pela artilharia de navios. Na manhã de quinta-feira (24), a Rússia começou a operação militar especial em Donbass anunciada pelo presidente Vladimir Putin. A Defesa russa ressaltou que as Forças Armadas da Rússia não alvejam as cidades ucranianas e com ataques de alta precisão visam desativar a infraestrutura militar, de defesa antiaérea, aeródromos militares e aviação. Leia a informação atualizada aqui.
© AFP 2023 / ANATOLY STEPANOVSoldados ucranianos na região de Lugansk, Ucrânia, 24 de fevereiro de 2022
Soldados ucranianos na região de Lugansk, Ucrânia, 24 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 25.02.2022
Soldados ucranianos na região de Lugansk, Ucrânia, 24 de fevereiro de 2022

Zelensky: 'mais cedo ou mais tarde' diálogo Rússia-Ucrânia para cessar hostilidades começará

Na manhã desta sexta-feira (25), o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, deu um novo discurso à nação, e afirmou que "mais cedo ou mais tarde, a Rússia terá de falar conosco, dizer-nos como acabar com as hostilidades e parar essa invasão. Quanto mais cedo a conversa começar, menos perdas haverá". O mandatário adicionou que o mundo continua olhando para o que acontece na Ucrânia de longe, ponderando que as sanções impostas são insuficientes. A Ucrânia precisa de uma coalizão antiguerra, acrescentou. Enquanto isso, o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou hoje (25) que a França fornecerá a Kiev equipamento militar e uma ajuda financeira de US$ 330 milhões (R$ 1,6 bilhão). "Tive uma troca de opiniões direta e franca com o presidente Putin. Foi bem rápida. O presidente Zelensky pediu anteriormente para, em primeiro lugar, solicitar [a Putin] uma cessação rápida das hostilidades e, em segundo lugar, oferecer a ele para ter uma conversa com Zelensky, que pediu por isso, mas não foi capaz de ter acesso ao presidente Putin", revelou Macron.
© REUTERS / Presidência da UcrâniaPresidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, discursa à nação em Kiev, Ucrânia, 25 de fevereiro de 2022
Presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, discursa à nação em Kiev, Ucrânia, 25 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 25.02.2022
Presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, discursa à nação em Kiev, Ucrânia, 25 de fevereiro de 2022

Biden lidera sanções 'severas' do Ocidente contra Rússia pela operação em Donbass

Os EUA prepararam novas sanções para maximizar o impacto de longo prazo sobre a Rússia e minimizar o efeito para os norte-americanos e seus aliados, anunciou na quinta-feira (24) o presidente Joe Biden. Além disso, Biden designou o Departamento de Segurança Interna como a agência principal para coordenar os esforços a respeito da crise entre a Rússia e a Ucrânia. Novas sanções da União Europeia vão afetar 70% do setor de bancos e corporações estatais russos, e vão privar a Rússia do acesso a tecnologias modernas, conforme anunciou hoje (25) a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Recentemente, o Canadá anunciou impor sanções sobre os legisladores russos que votaram a favor do reconhecimento das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, bem como sobre cidadãos russos descritos como "o círculo próximo" do presidente Putin. O Japão anunciou também a extensão das sanções impostas no dia 23 de fevereiro contra Moscou. Além do mais, o MRE de Taiwan disse que vai se juntar às sanções internacionais contra a Rússia.
© REUTERS / LEAH MILLISPresidente dos EUA, Joe Biden, discute situação ucraniana na Casa Branca, Washington, 24 de fevereiro de 2022
Presidente dos EUA, Joe Biden, discute situação ucraniana na Casa Branca, Washington, 24 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 25.02.2022
Presidente dos EUA, Joe Biden, discute situação ucraniana na Casa Branca, Washington, 24 de fevereiro de 2022

OTAN realiza cúpula de emergência dos líderes sobre crise ucraniana

A Aliança Atlântica realiza hoje (25) uma reunião emergencial, em formato de videoconferência, entre os líderes de governos para discutir a situação de segurança dentro da Ucrânia e em torno dela. Enquanto isso, os deputados norte-americanos estão considerando votar a favor de um apelo às Nações Unidas para expulsar a Rússia do Conselho de Segurança da ONU por causa da operação militar em Donbass, relatou o portal Axios. Segundo relatos, os autores da iniciativa acham que a operação russa é uma "ameaça à segurança nacional e contraria as suas responsabilidades enquanto membro permanente do grupo". A resolução sob autoria da republicana Claudia Tenney está sendo considerada tanto pelos democratas como pelos republicanos. O chefe de gabinete de Tenney disse que aprovar a medida é "um tiro no escuro", mas serve como uma ferramenta diplomática.
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