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Tensão na Ucrânia: Mourão afirma que Brasil 'não está neutro'; Bolsonaro ainda não se pronunciou

© Adnilton Farias / Palácio do Planalto / CCBY 2.0Vice-presidente da República, Hamilton Mourão, durante entrevista ao canal CGTN espanhol (foto de arquivo)
Vice-presidente da República, Hamilton Mourão, durante entrevista ao canal CGTN espanhol (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 24.02.2022
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Vice-presidente se pronuncia sobre a crise ucraniana, entretanto, presidente ainda não se posicionou. Para Mourão, decisão russa foi "uma tragédia". Já MRE do Brasil apelou para "solução diplomática baseada nos Acordos de Minsk".
Ontem (23), o vice-presidente, general Hamilton Mourão, disse que seria "difícil" o Brasil reconhecer a independência das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, no entanto hoje (24), Mourão foi mais incisivo e disse claramente que o país "não está neutro" e que "não apoia a invasão da Ucrânia".

"O Brasil não está neutro. O Brasil deixou muito claro que ele respeita a soberania da Ucrânia. Então, o Brasil não concorda com uma invasão do território ucraniano. Isso é uma realidade", afirmou Mourão citado pelo G1.

Segundo a mídia, jornalistas que esperavam o vice-presidente na entrada do Palácio do Planalto perguntaram como ele avalia a ação russa. Mourão respondeu que observava como uma "tragédia".
"A gente tem que olhar sempre a história. A história ela ora se repete como farsa, ora se repete como tragédia. Nesse caso ela está se repetindo como tragédia", afirmou.
Indagado sobre a recente viagem de Bolsonaro a Moscou, quando o presidente disse ser solidário ao país e que Putin buscava a paz, Mourão não quis comentar.
"Eu não comento as palavras do presidente."
Até agora, o presidente, Jair Bolsonaro (PL), não se pronunciou sobre o assunto, e as declarações acerca da situação vêm acontecendo através de Mourão. Nesta manhã (24), Bolsonaro discursou em um evento em São José do Rio Preto (SP), mas não fez nenhuma menção à crise ucraniana, relatou o G1.
Já o Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu uma nota sobre a situação hoje (24), e apelou para uma "solução diplomática da crise com base nos Acordos de Minsk", levando em consideração a segurança de toda as partes envolvidas e proteção da população civil.

"Como membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil permanece engajado nas discussões multilaterais com vistas a uma solução pacífica, em linha com a tradição diplomática brasileira e na defesa de soluções orientadas pela Carta das Nações Unidas e pelo direito internacional, sobretudo os princípios da não intervenção, da soberania e integridade territorial dos Estados e da solução pacífica das controvérsias", diz a nota do MRE do Brasil.

Apesar da fala de Mourão ter a palavra "invasão", o presidente russo, Vladimir Putin, destacou hoje (24) que a ocupação do território ucraniano não está nos planos da Rússia.
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O líder russo também anunciou nesta quarta-feira (24), em seu segundo discurso à nação nesta semana, que em resposta ao pedido dos líderes das repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) e no âmbito do cumprimento dos acordos sobre amizade e cooperação, ele tomou a decisão de realizar a operação especial militar.
Obuseiros autopropulsados Akastiya das Forças Armadas da Rússia em Armyansk, Crimeia, 24 de fevereiro de 2022. - Sputnik Brasil, 1920, 24.02.2022
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Situação na Ucrânia e em Donbass após Putin anunciar operação especial militar
Segundo informou o Ministério da Defesa da Rússia, as armas de alta precisão russas estão destruindo infraestruturas militares da Ucrânia, bases aéreas, aviação e meios de defesa aérea, mas não estão sendo realizados ataque contra cidades ucranianas e não há ameaça para a população civil.
Putin também destacou em sua fala que toda a responsabilidade sobre o possível derramamento de sangue será completamente do regime do território ucraniano.
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