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Suprema Corte do Reino Unido determina extradição de Assange para EUA

© AP Photo / Frank AugsteinManifestante disfarçado de Morte em frente da Suprema Corte em Londres, 10 de dezembro de 2021
Manifestante disfarçado de Morte em frente da Suprema Corte em Londres, 10 de dezembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 10.12.2021
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O governo dos EUA ganhou sua apelação à Suprema Corte de Londres para extraditar Julian Assange aos Estados Unidos, com um juiz anulando a decisão de um tribunal inferior para bloquear a extradição.
O Tribunal de Apelação de Londres devolveu o processo de extradição de Assange ao Tribunal de Westminster, Julian Assange permanece sob custódia, segundo documentos da ação.
"A corte permite a apelação", anunciou na sexta-feira (10) o juiz Timothy Holroyde.
A decisão dá luz verde à extradição do fundador do site WikiLeaks, mas os advogados de defesa mantêm o direito de apelar do veredicto.
A noiva de Assange, Stella Moris, chamou a decisão da corte de "grande erro" e afirmou: "Vamos apresentar recurso dessa decisão o mais cedo possível".

Processo contra Assange

Em janeiro deste ano, uma juiza britânica decidiu que Julian Assange não deveria ser extraditado para os Estados Unidos por causa do forte risco de poder cometer suicídio na prisão nos EUA. O cidadão australiano de 50 anos enfrenta prisão perpétua se for condenado em um tribunal dos EUA por acusações de espionagem.
Apoiadora de Julian Assange durante manifestação contra sua extradição, em Londres - Sputnik Brasil, 1920, 27.10.2021
Washington garante que Assange pode cumprir sentença na Austrália em caso de extradição para EUA
Os advogados representantes dos EUA tinham descartado a decisão, afirmando que Assange "não tem histórico da doença mental grave e duradoura" e que não há evidências de que ele possa tentar se ferir. O governo americano também assegurou a Londres que Assange poderia cumprir na Austrália qualquer sentença de prisão que receba em um tribunal dos EUA.
Assange enfrenta 17 acusações de espionagem e uma acusação de uso indevido de computador para a publicação de milhares de documentos diplomáticos e militares pelo WikiLeaks, incluindo vídeos expondo crimes de guerra cometidos pelos EUA no Iraque. Caso seja condenado, o jornalista e ativista enfrenta até 175 anos de prisão.
Julian Assange sofreu uma forma de prisão virtual por quase uma década, tendo se refugiado na Embaixada do Equador em Londres em junho de 2012 e solicitado asilo diplomático após ter sido procurado pelas autoridades suecas para apuração de alegadas acusações sexuais, que foram retiradas posteriormente.
Assange foi retirado da embaixada equatoriana pela polícia britânica em 2019 depois que o presidente do Equador, Lenin Moreno, cancelou seu asilo, supostamente após ter fechado um acordo secreto com Washington. Ele foi encaminhado para a prisão de Belmarsh, a prisão britânica de segurança máxima normalmente reservada para criminosos graves, incluindo pessoas acusadas de terrorismo, assassinato e outros crimes graves.
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