Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, "a situação na Armênia foi discutida [...] Putin se posicionou em favor da manutenção da ordem e da tranquilidade na Armênia e defendeu uma solução para a situação dentro da estrutura da lei".
Peskov acrescentou que a conversa foi realizada por iniciativa da Armênia e que o presidente russo também pediu contenção a todas as partes no conflito.
Mais cedo, a União Europeia (UE) também pediu calma e contenção na Armênia em meio às manifestações de partidários e opositores do primeiro-ministro, que saíram às ruas nesta quinta-feira (25) para apoiá-lo ou exigir sua renúncia, respectivamente.
O próprio Pashinyan, que inicialmente convocou seus apoiadores a organizarem ações de protesto, pediu depois que as forças políticas realizassem consultas, enquanto a oposição, que se reuniu perto do Parlamento e anunciou protestos por tempo indeterminado, se recusa a negociar com as autoridades e exige nada mais que a renúncia do primeiro-ministro.
Os opositores saíram às ruas após Pashinyan demitir hoje (25) o chefe do Estado-Maior, Onik Gasparyan, depois que o militar havia exigido a sua renúncia. O premiê, por sua vez, descreveu a atitude de Gasparyan como "tentativa de golpe".
Ontem (24), o chefe de governo armênio demitiu o segundo na cadeia de comando do Exército, o general Tiran Khachatryan, o que causou desconforto nas Forças Armadas.
Erevan tem sido palco de protestos desde novembro do ano passado. Os manifestantes pedem a remoção do primeiro-ministro por assinar um acordo de cessar-fogo com o Azerbaijão, que pôs fim às hostilidades na região de Nagorno-Karabakh.