O aumento das atividades dos EUA na região foi impulsionado pelas alterações climáticas. O degelo criou novas rotas comerciais indisponíveis anteriormente. O aumento das atividades e o reforço da presença militar são uma forma de lutar pela região estratégica.
A aliança militar entre os EUA e a Noruega no Ártico poderia ser de máxima importância, visto que o Pentágono tem interesse em se opor aos avanços visíveis e conhecidos da Rússia no Ártico.
Rússia não só possui um grande número de quebra-gelos, mas também opera em várias passagens ao longo da Rota Marítima do Norte que fazem fronteira com a Rússia e o Ártico, aponta a revista The National Interest.
É por essa razão que foram recentemente realizados exercícios conjuntos entre EUA e Noruega denominados Exercise Reindeer II. Soldados conduziram operações de combate em condições de temperaturas negativas.
O plano inicial visava aumentar a presença dos EUA no Ártico até 2030. No entanto, o degelo fez com que Washington acelerasse o processo, impulsionado também pelo grande número de exercícios da Rússia no Ártico, bem como por uma rede desenvolvida de bases militares.
Em janeiro de 2021, o 3º Batalhão do 6º Regimento de Fuzileiros Navais dos EUA retornará à Noruega como parte das forças rotacionais da Marinha dos EUA na Europa (MRF-E, na sigla em inglês) a fim de implantar aproximadamente mil fuzileiros navais e marinheiros, segundo aponta relatório do Corpo de Fuzileiros Navais norte-americano.
Em meados de novembro, a empresa russa Atomflot comunicou que o mais potente quebra-gelo do mundo Arktika havia iniciado a sua primeira travessia ao longo da Rota Marítima do Norte.
O quebra-gelo Arktika, primeiro navio do projeto 22220, foi incorporado à frota russa de quebra-gelos nucleares em outubro deste ano.