A missão da China em Manila, Filipinas, acusou nesta terça-feira (24) os EUA de "criarem o caos" na Ásia, relata a emissora CNA. A declaração foi realizada depois de o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Robert O'Brien, ter visitado o Vietnã e as Filipinas e ter apoiado os países nas disputas que eles têm com Pequim.
"Nós protegemos vocês", afirmou Robert O'Brien na segunda-feira (23), em Manila. O enviado da Casa Branca também destacou o compromisso de Washington com Taiwan.
A embaixada da China nas Filipinas disse que a visita de O'Brien a esta região "não foi para promover a paz e estabilidade regional, mas para criar o caos na região de modo a buscar os interesses egoístas dos EUA".
Os diplomatas chineses pediram a Washington que "pare de incitar o confronto" no mar do Sul da China, sublinhando que os EUA também deveriam parar de fazer comentários irresponsáveis sobre as questões de Taiwan e Hong Kong, "que são puramente assuntos internos da China".
Os fatos provaram que os EUA são "o maior impulsionador da militarização", declarou a embaixada, observando que os EUA são "o fator externo mais perigoso" no mar do Sul da China.
A embaixada da China em Hanói, Vietnã, também pediu aos EUA que parassem de desacreditar Pequim no mar do Sul da China e no rio Mekong. "Os EUA não participam da disputa no mar do Sul da China", afirmou a missão diplomática.
O propósito de Washington é "nunca ajudar os países regionais a resolver disputas, mas manter a sua hegemonia na região", lê-se no documento.
A China tem reivindicações territoriais conflitantes com Brunei, Malásia, Filipinas, Vietnã e Taiwan no mar do Sul da China, enquanto Washington tem enviado repetidamente navios de guerra para a via navegável estratégica para demonstrar "liberdade de navegação".