Apesar das medidas preventivas adotadas por diferentes governos, o coronavírus continua se propagando em diferentes países do mundo, enquanto mais de 500 pessoas já morreram na China.
Quarentenas e isolamento de infectados do coronavírus 2019-nCoV, oriundo da cidade chinesa de Wuhan, se tornaram frequentes, mas o vírus pode permanecer uma ameaça por muitos anos em bolsões isolados, de acordo com cientistas da Universidade de Hong Kong, China.
De acordo com um relatório publicado na revista científica The Lancet, o professor Joseph T. Wu declarou que "surtos autossustentáveis independentes [do coronavírus] podem se tornar inevitáveis em grandes cidades do mundo."
A razão disso seria a saída de muitos infectados da cidade de Wuhan antes do governo chinês ter decretado proibição de saída da cidade e outras precauções.
Desta forma, a propagação do vírus seria impossível de parar, conforme publicou o tabloide Daily Star.
"Nós sabemos que vírus respiratórios são difíceis de serem controlados, então eu acho muito possível que o surto atual acabará tornando o vírus endêmico", afirmou o Dr. Amesh Adalja, infectologista do Centro de Segurança da Saúde Johns Hopkins, Estados Unidos.
Vírus à solta
Atualmente, existem quatro vírus que circulam pelo mundo sem serem totalmente contidos, podendo dois deles ter centenas de anos.
Cada vez que uma pessoa apresenta sintomas agudos de um resfriado é grande a probabilidade de que se trate de um dos quatro vírus.
"Nós iremos seguir com uns dois anos de atividade intensificada antes de diminuir [o 2019-nCoV] para o nível dos outros quatro coronavírus", afirmou.
Ainda de acordo com Adlja, vírus deste tipo mataram pelos menos 60.000 pessoas em 2010 somente nos EUA.