Como impostos da China e EUA afetarão economia global?

© AP Photo / Andy WongBandeira dos EUA no fundo do emblema chinês em Pequim, em 9 de novembro de 2017
Bandeira dos EUA no fundo do emblema chinês em Pequim, em 9 de novembro de 2017 - Sputnik Brasil
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Novos impostos recíprocos dos EUA e China, que deverão entrar em vigor em 23 de agosto, complicarão relações comerciais entre os dois países e podem vir a promover perda significativa para todo o comércio mundial, informou à Sputnik o vice-diretor do Instituto de Pesquisa da América e Oceania no âmbito do Ministério do Comércio da China, Zhou Mi.

Em 23 de agosto, os EUA aplicarão novas taxas em uma série de produtos chineses no valor de US$ 16 bilhões (R$ 63 bilhões), e a China responderá às ações americanas de forma simétrica. Os impostos chineses sobre os produtos americanos entrarão em vigor logo depois que os EUA derem seu primeiro passo. 

"Os novos impostos dos EUA de 25% sobre a segunda lista de mercadorias chinesas no valor equivalente a US$ 16 bilhões devem entrar em vigor logo, e essa medida americana causará retaliação simétrica da China, e afetará as relações comerciais entre os dois países significativamente", destacou Zhou Mi.

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Segundo ele, "o comportamento dos EUA não vão aliviar a tensão e preocupação no mercado, e resultará no fato de que empresas e consumidores de ambos os países terão de enfrentar uma incerteza ainda maior ao terem que tomar decisões".

Ele destacou, que "tais ações não apenas afetam o desenvolvimento econômico e social dos dois Estados, como as duas maiores economias mundiais e parceiras comerciais importantes, mas também causará a reestruturação e substituição de redes internacionais de produção, o que implica grandes perdas financeiras".

"Uma guerra comercial não trará vantagens para ninguém, e a aplicação de medidas de interferência governamental obrigatória viola as leis e a ordem do mercado, isso é necessário parar o mais cedo possível", disse o analista.

O Ministério das Finanças da China, no dia 8 de agosto, emitiu uma segunda lista de produtos importados dos Estados Unidos, que começarão a valer em 23 de agosto com uma taxa de 25% sobre produtos aduaneiros. A lista inclui uma variedade de veículos, combustível de aviação, peças de reposição, equipamentos médicos, carvão, gás e outros.

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A declaração foi uma resposta à decisão dos Estados Unidos de aumentar as tarifas de importação sobre mercadorias chinesas de US$ 160 bilhões (R$ 634 bilhões). Ao mesmo tempo, a China adere à posição sobre a necessidade de resolver uma guerra comercial através de negociações e afirma que o atrito comercial é agravado pelo lado americano, enquanto Pequim introduz uma resposta como defesa dos seus direitos e interesses legítimos.

Anteriormente, foi relatado que uma delegação de Pequim liderada pelo vice-ministro do Comércio chinês, Wang Shouwen, e autoridades dos EUA liderada pelo funcionário do Departamento do Tesouro dos EUA, David Malpass, vão se reunir de 22 a 23 de agosto.

Comentando sobre os planos na referida data, as negociações comerciais bilaterais entre China e EUA, Zhou Mi expressou a esperança de que "eles serão capazes de trazer mais uma boa notícia para o mercado, para reduzir o nível de incertezas, e fornecendo apoio para o processo de recuperação frágil da economia mundial e do comércio global".

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