Anteriormente, o presidente sul-coreano Moon Jae-in pediu para o governo do país "cumprir rigorosamente" as sanções da ONU em relação à Coreia do Norte. O governo sul-coreano condenou o novo teste do míssil norte-coreano, considerando-o como um desafio à paz e à segurança a todo o mundo, se lê no comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul. O Ministério prometeu uma resposta a este desafio via colaboração intensa com a comunidade internacional e com base na aliança com os EUA.
Na madrugada desta sexta-feira (15), a Coreia do Norte realizou mais um teste balístico que, de acordo com os dados do Japão e da Coreia do Sul, sobrevoou cerca de 3.700 quilômetros e atingiu uma altitude de cerca de 800 quilômetros. Segundo os dados japoneses, o míssil caiu a 2,2 mil quilômetros do litoral mais próximo do Japão – o cabo de Erimo na ilha de Hokkaido, sem causar nenhum dano. Teoricamente, este míssil, lançado a partir do território da Coreia do Norte, poderia atingir a ilha norte-americana de Guam.
"Pyongyang age no quadro de sua lógica, mostra que possui ogivas e portadores para que todo o mundo o deixe em paz. Tenta mostrar os músculos porque está vendo como a Coreia do Sul está agindo, afirmando abertamente a necessidade de derrubar o atual regime norte-coreano; ou os EUA, que nos últimos anos têm derrubado regimes. Não deixaram em paz Saddam Hussein, Muammar Kadhafi, nem Slobodan Milosevic, aqueles não tinham um programa nuclear em comparação com os líderes norte-coreanos. Por isso, o líder norte-coreano está vivo. Aqueles que não tinham programa nuclear já não estão vivos, os países deles estão em condição pior que antes da invasão norte-americana", disse Vladimir Kolotov.
De acordo com ele, quem apela à resolução da crise não são aqueles que a criaram.
De acordo com ele, não existe uma saída simples da situação atual.
"É evidente que esta é uma situação fora do normal. Podia-se dizer: que os EUA, a Coreia do Sul e o Japão deem garantias que não vão interferir na Coreia do Norte, não vão derrubar o regime, então o programa nuclear não será necessário, e todo mundo vai se acalmar. O problema é que ninguém acredita em ninguém", concluiu o especialista.